"Falam de contas certas, mas não estão a pensar em acertar as contas com país e com o povo", acusou o secretário-geral do PCP.
O secretário-geral do PCP,Jerónimo de Sousa, acusou na sexta-feira à noite os partidos que "governaram na última década" de não apresentarem "contas certas" ao país, preocupando-se apenas em acertar contas com Bruxelas e "o grande capital".
O líder comunista discursava numa festa-comício da CDU na Voz do Operário, em Lisboa.
"Falam de contas certas, mas não estão a pensar em acertar as contas com país e com o povo, estão a pensar apenas com Bruxelas e com o grande capital", realçou Jerónimo de Sousa, perante várias centenas de pessoas.
Num salão no quarto andar na Voz do Operário, o dirigente comunista reiterou que não há debate em que os partidos que governaram na última década -- PSD, CDS e PS -- apresentem contas certas.
"Nestes últimos dias de pré-campanha não há debate onde aparecem aqueles que governaram o país nas últimas décadas com contas erradas com a vida do povo, que não se apresentem como os garantes das contas certas e do rigor e prometer com elas futuros risonhos", referiu Jerónimo de Sousa.
Para o líder do Partido Comunista Português, as soluções apresentadas pelos outros partidos não são correspondem à realidade.
"As contas que dizem ter certas não são contas para avançar como é preciso. Falam como se apresentassem soluções alternativas e não apenas variantes do mesmo modelo imposto pelos cegos anacrónicos critérios do euro e da ditadura do défice e imposições da União Europeia", declarou o comunista.
De acordo com Jerónimo de Sousa, são necessárias contas sérias, sem compadrios e submissão aos grandes interesses, indicando que PSD, CDS e PS "acham que as contas certas são as suas e as dos outros são contas para enganar".
O dirigente acrescentou ainda que há contas "marteladas" no défice orçamental e que são deficitárias no Serviços Nacional de Saúde, educação, transporte e outros serviços públicos
"Tem sido em nome das tais contas que se corta em tudo para garantir as contas certinhas com a banca. Já lá vão 20 mil milhões de euros para cobrir os seus desmandos, para encher os bolsos da especulação financeira com largos milhares de milhões de juros da dívida", concluiu.
Jerónimo de Sousa acusa partidos de apresentarem contas erradas
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