Núcleo de Transparência na PCM já deu mais de 900 “apoios telefónicos” ao Executivo, fez 57 reuniões e 23 pareceres. Mas recusa dizer se avaliou o ex-secretário de Estado e gabinete do PM não responde.
Duas simples palavras: “Ninguém sabia.” Foi assim que Hernâni Dias, ex-secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, que se demitiu após ter criado duas empresas no setor imobiliário que poderiam beneficiar com as alterações à lei dos solos aprovadas pelo seu próprio ministério, ilibou o primeiro-ministro, Luís Montenegro. “Ninguém sabia o que eu estava a fazer”, acrescentou na Comissão de Poder Local e Coesão Territorial, na Assembleia da República, escudando-se num pedido de esclarecimentos que terá feito à Entidade da Transparência (e que não terá visto “nenhum problema”). Problema: o organismo desmentiu Hernâni Dias e sublinha que não tem “qualquer competência consultiva”. Afinal, essa competência serve a quem? Um dos organismo é a Direção de Serviços Jurídicos, Auditoria e Inspeção (DSJAI) da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (PCM), onde se integra o Núcleo Técnico-Jurídico da Transparência.
Hernâni Dias: Núcleo de Transparência do Governo não revela se Montenegro pediu apoio ou não
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Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.