"É falso que o Governo tenha anunciado chegadas aos milhares pelo reagrupamento familiar", salientou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro.
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, recordou hoje que uma das promessas do atual Governo é regular o reagrupamento familiar de imigrantes, limitando-o à capacidade do país.
MIGUEL A. LOPES/LUSA
"Vejo precipitação de alguns, levados por 'fake news'", referiu hoje o ministro na sua conta do X, no dia em que o Chega anunciou que iria apresentar um projeto de resolução para pedir ao Governo que suspenda temporariamente o reagrupamento familiar até a situação migratória "estar resolvida".
"É falso que o Governo tenha anunciado chegadas aos milhares pelo reagrupamento familiar", salientou o ministro, na sua publicação.
O dirigente recordou que a proposta de governo na campanha eleitoral já contemplava uma mudança da "lei para limitar o reagrupamento familiar à capacidade de integração do país".
Na proposta, a AD comprometia-se a "regular e ajustar a abertura dos canais de entrada (já previstos na lei) para cidadãos CPLP e do reagrupamento familiar, tendo em conta a capacidade finita de integração do País e de resposta dos serviços públicos".
Numa outra publicação, o ministro partilhou um vídeo seu numa conferência de imprensa após o conselho de ministros de 08 de abril, onde abordava o "anúncio da proposta de restrição do canal de entrada por reagrupamento familiar".
Hoje, o Chega reafirmou a sua oposição às políticas de reagrupamento familiar e acusou o governo de promover a entrada em massa de imigrantes.
"Vamos solicitar ao Governo que bloqueie e suspenda o reagrupamento familiar que está a pensar que possa acontecer nos próximos meses", anunciou André Ventura, em declarações aos jornalistas, à porta de uma igreja evangélica em Loures onde, na semana passada, a PSP detetou um armazém utilizado para habitação ilegal de imigrantes.
O direito ao reagrupamento familiar está estabelecido na legislação portuguesa para quem obteve uma autorização de residência válida em Portugal, podendo solicitar a entrada e permanência no país de familiares.
Para Ventura, muitos dos imigrantes em Portugal "não deviam ter entrado".
"E agora entram, vêm as famílias e, portanto, podemos passar -- só para que as pessoas tenham esta noção -- de um milhão e meio para dois milhões de imigrantes em poucos meses. Isto é insustentável", alegou.
Na semana passada, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) avisou que o número de estrangeiros vai aumentar com os pedidos de reagrupamento familiar de quem ficou regularizado.
Dos 446 mil processos pendentes de manifestações de interesse existentes há um ano, cerca de 170 mil foram extintos por falta de resposta dos requerentes e 35 foram recusados, mas quem viu o seu processo aprovado tem direito a pedir o reagrupamento familiar.
Governo recorda que limitar reagrupamento familiar de imigrantes é promessa já assumida
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro