Sábado – Pense por si

O projeto político do influenciador (e empresário) Miguel Milhão

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 10 de junho de 2025 às 10:04

O dono da Prozis, patrocinador do polémico anúncio contra o aborto, tem um podcast com 100 mil seguidores, está a formar uma “comunidade” chamada "V Império" e a tentar legalizar um novo partido político libertário na economia e ultraconservador nos valores, com os estatutos copiados dos do PCP. Milhão vai criar uma fundação "pró vida” e tem a ambição de entrar no negócio nos media. Para onde corre?

Miguel Milhão estava a comer febras de porco quando pegou no telemóvel para escrever a entrada na rede social LinkedIn que mudaria a sua vida. “Foi espontâneo, como quase tudo o que escrevo nas redes”, diz à SÁBADO. A frase escrita em junho de 2022 – “parece que os bebés por nascer têm os seus direitos de volta nos EUA, a natureza está a curar-se” – pôs o empresário nortenho, até então muito discreto, no centro de uma polémica mediática. Por entre muitas críticas, algumas atrizes e influencers desvincularam-se das campanhas para a Prozis, uma grande empresa de suplementos alimentares, por considerarem que o dono apoiava publicamente um recuo no direito das mulheres sobre o seu corpo. Houve apelos de boicote à Prozis.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
GLOBAL E LOCAL

A Ucrânia somos nós (I)

É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro

Editorial

Só sabemos que não sabemos

Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres