Mariana Vieira da Silva diz que o executivo não está preocupado com a comunicação que Marcelo Rebelo de Sousa vai fazer ao país esta noite.
A Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou esta quinta-feira que o Governo encara a intervenção marcada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para esta noite com "naturalidade".
RODRIGO ANTUNES/LUSA
À saída do Conselho de Ministros, que decorreu em Braga, Vieira da Silva garantiu que o Governo está "tranquilo" em relação à intervenção presidencial desta noite - está marcada uma conferência de imprensa para as 20h -, afirmando: "O Governo encara com naturalidade as intervenções de todos os órgãos de soberania". Sublinhou ainda que se mantém o clima de "boa relação institucional" e de "estabilidade política". E assegurou que o Governo "respeita, defende e contribui" para que continue a haver uma boa relação institucional entre Governo e Presidência.
O Presidente da República vai fazer uma declaração ao país esta quinta-feira, às 20h. Marcelo ainda não fez qualquer comentário à crise política entre o Governo e Presidência.
António Costa decidiu manter em funções o ministro das Infraestruturas, João Galamba, depois da polémica que envolveu a demissão do seu ex-adjunto, Frederico Pinheiro. Antes, Marcelo Rebelo de Sousa tinha afirmado que Galamba não reunia as condições para continuar no cargo.
Ontem à noite, o chefe de Estado já tinha dito aos jornalistas que falaria ao País sobre a situação que está a causar tensões entre São Bento e Belém. Vai fazê-lo antes de partir para Londres, onde vai participar na cerimónia da coroação de Carlos III, que acontece no sábado.
"Certamente terei oportunidade de dizer aos portugueses o que penso, mas hoje não", disse Marcelo, ontem à noite.
Também ontem, o primeiro-ministro tentou dar o caso por encerrado. Em Braga, onde participa num Conselho de Ministros descentralizado, António Costa referiu não ter problemas em receber telefonemas do Presidente da República. Tentando fugir a todas as questões relacionadas com o ministro das Infraestruturas e a sua manutenção no Governo afirmou ainda que "a vida política é muito menos ficção daquilo que normalmente julgam", quando questionado sobre a tensão com Marcelo Rebelo de Sousa.
Já esta quinta-feira, João Galamba juntou-se aos restantes membros do Governo, em Braga, mas preferiu manter o silêncio.
Uma estratégia que não vai poder usar quando for ao Parlamento para ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da TAP, na próxima semana. O seu ex-adjunto e a sua chefe de gabinete, Maria Eugénia Cabaço, também serão ouvidos.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.