Catarina Martins enviou as condolências à família e amigos pela morte do fundador do CDS.
A coordenadora do BE reconheceu hoje que, apesar das diferenças de posicionamento político, foi possível uma convergência com Freitas do Amaral sobre questões como direitos humanos e a paz, enviando as condolências à família e amigos pela sua morte.
"Não deixando de reconhecer que, naturalmente, estamos em polos políticos muito diferentes, reconhecer também a convergência que foi feita. É sempre bom saber que há momentos em que pessoas com posicionamentos diferentes podem, ainda assim, estar juntas por questões tão essenciais como os direitos humanos ou como a paz", enalteceu Catarina Martins, em declarações aos jornalistas à margem de uma ação de campanha no Porto.
O fundador do CDS e ex-ministro Diogo Freitas do Amaral morreu hoje, aos 78 anos, disse à agência Lusa fonte da família.
Catarina Martins começou por enviar, em nome do BE, os "pêsames a toda a família e a todos os amigos".
"E queria reconhecer também que, tendo nós tantas diferenças que todas as pessoas conhecem, houve alguns momentos em que foi importante a convergência e assinalo a denúncia da guerra do Iraque, a necessidade de reestruturar a dívida pública portuguesa e também, mais recentemente, a necessidade de denunciar o Governo brasileiro de Bolsonaro como extrema-direita e o perigo que é", afirmou.
O fundador e antigo coordenador do Bloco de Esquerda Francisco Louçã recordou Freitas do Amaral na rede social Facebook: "Foi um adversário político. Mas cruzámo-nos por vezes e com gosto, que registo. O seu último texto público foi um artigo assinado com Pilar del Rio e comigo para defender o voto contra Bolsonaro no Brasil. Tive todo o gosto nisso e homenageio-o pela determinação contra essa direita trumpista".
Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941. Foi líder do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, vice-primeiro-ministro e ministro em vários governos.
Freitas do Amaral, que estava internado desde 16 de setembro, fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.
No final de junho deste ano, Freitas do Amaral lançou o seu terceiro livro de memórias políticas, intitulado "Mais 35 anos de democracia - um percurso singular", que abrange o período entre 1982 e 2017, editado pela Bertrand.
Nessa ocasião, em que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro líder do CDS e candidato nas presidenciais de 1986 - que perdeu para Mário Soares - recordou o seu "percurso singular" de intervenção política, afirmando que acentuou valores ora de direita ora de esquerda, face às conjunturas, mas sempre "no quadro amplo" da democracia-cristã.
Líder do CDS, primeiro-ministro interino, ministro em governos à esquerda e à direita, presidente da Assembleia-Geral da ONU, disse em entrevista à agência Lusa quando já se encontrava doente, em junho de 2019, que sofreu "um bocado" com a derrota nas presidenciais de 1986, embora tenha conseguido dar a volta, com "uma carreira de um tipo diferente" e partir para "uma série de pequenas vitórias".
Freitas do Amaral: BE enaltece convergência sobre direitos humanos e paz
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