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Faltam 34 polícias da PSP no aeroporto de Lisboa

Lusa 16 de dezembro de 2025 às 19:41
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Com a extinção do SEF há dois anos algumas competências deste serviço de segurança, nomeadamente o controlo das fronteiras aéreas, passaram para a esfera da PSP.

A ministra da Administração Interna disse esta terça-feira que faltam no aeroporto de Lisboa 34 polícias da PSP para cobrir as necessidades e avançou que estão previstos 10 cursos de formação da guarda de fronteira no próximo ano.

Aeroporto Lisboa
Aeroporto Lisboa Lusa

"Neste momento estão afetos ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, 236 [agentes da PSP] e as necessidades são 270", disse Maria Lúcia Amaral no parlamento, onde foi ouvido a pedido do Chega e do PS sobre a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras da PSP e as longas filas no controlo de fronteiras nos aeroportos portugueses, as medidas adotadas e os prazos previstos para a sua resolução.

A ministra afirmou que os agentes da PSP têm de estar credenciados com o curso de formação de guarda de fronteira, organizado pela agência europeia Frontex, e realçou que "sem esse curso e sem essa formação não é possível colocar agentes de polícia no aeroporto".

A governante avançou que estão "previstos 10 cursos de formação de guarda de fronteira a realizar progressivamente em 2026".

"É preciso formar agentes em 10 cursos de sete semanas cada um. Vamos formando e com isso aumentar os efetivos", disse.

Sobre o total do efetivo da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras da PSP, a ministra indicou que, neste momento, fazem parte 1.300 polícias, existindo a perspetiva de evoluir, ao longo de 2026, para 2.000.

Com a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) há dois anos, algumas competências deste serviço de segurança, nomeadamente o controlo das fronteiras aéreas, passaram para a esfera da PSP, que desde 21 de agosto alargou as competências com a criação da UNEF.

Além da segurança aeroportuária e controlo fronteiriço, que inclui o Centro de Instalação Temporária (CIT) de estrangeiros do Porto (Unidade Habitacional de Santo António) e pelos espaços equiparados a CIT existentes nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, a UNEF é também responsável pelas operações de afastamento, readmissão e retorno de pessoas em situação irregular, que tinham sido atribuídas à Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA).

O novo regime de retorno de estrangeiros ilegais, recentemente aprovado pelo Governo e em consulta pública, vai passar a ser da competência exclusiva da PSP.

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