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"O que é realmente novo é que agora este fenómeno incrementou-se. Hoje, essas notícias falsas têm a capacidade de chegar a toda a gente sem qualquer ética ou controlo", considera o eurodeputado social-democrata.
O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel instou esta quarta-feira atores públicos, como políticos, líderes religiosos, jornalistas, professores e cientistas, a agirem para conter asfake news, num seminário internacional por si organizado sobre aquele tema no Parlamento Europeu (PE).
Paulo Rangel, que promoveu a iniciativa na condição de presidente do "European Ideas Network", a rede dethink tanks do grupo do Partido Popular Europeu (PPE) na assembleia europeia, começou por recordar que asfake news "não são nada de muito recente ou novo", remontando à República Romana do imperador Júlio César, quando os rumores proliferavam.
"O que é realmente novo é que agora este fenómeno incrementou-se. Hoje, essas notícias falsas têm a capacidade de chegar a toda a gente sem qualquer ética ou controlo. Antes, nos meios de comunicação, os jornalistas poderiam verificar se as informações eram corretas ou não, mas nas redes sociais isso é muito mais difícil", alertou na sua intervenção inicial no seminário.
Perante uma sala "muito, muito cheia", o cabeça de lista do PSD às eleições europeias de maio apelou à intervenção de "atores públicos", nomeadamente "atores chave" como os jornalistas, "que são a mais importante plataforma para conter asfake news", os professores, que podem ajudar quem tem mais dificuldade em destrinçar o que é verdadeiro ou falso, e os cientistas, que, dado o seu conhecimento, podem contrariar rumores.
"Este combate não é só da responsabilidade dos mediadores, também é de atores como políticos ou líderes religiosos", prosseguiu, defendendo que estes devem fazer um esforço para ser cuidados quando transmitem informação.
Antes de passar a palavra ao painel de convidados, Paulo Rangel resumiu o fenómeno dasfake news como um tema "muito importante, que cria paixões entre os diferentes agentes da discussão".
Ao seu lado, o secretário Geral do PPE, Antonio López-Istúriz White, que moderou o seminário, lembrou o trabalho realizado pela maior família política europeia no combate à desinformação nos últimos três anos, atribuindo uma importância vital ao tema no programa 'eleitoral' do candidato daquele grupo político à presidência da Comissão Europeia, o alemão Manfred Weber.
"Estou preocupado com as eleições europeias. Estamos prontos? Tomámos ações para enfrentar estas notícias? Investimos dinheiro e meios e ainda esta semana a nossa página esteve em baixo por causa de um ataque cibernético. Este é apenas o começo. Seremos um alvo", assumiu.
Antonio López-Istúriz White defendeu, a menos de três meses das eleições europeias (que decorrerão na União Europeia entre 23 e 26 de maio), que é preciso "atacar" o fenómeno dasfake news,estando preparado para os eventuais ataques que possam surgir e dos quais, inclusive, já foi alvo.
"Hoje em dia, há centenas de páginas de Internet e ninguém assume responsabilidade pelas mesmas. Não sei a quem me dirigir quando sou atacado. Na Wikipédia, durante dois meses fui casado com alguém que não era a minha mulher. Não sei qual era o objetivo, se causar-me problemas. Perguntei à minha equipa a quem devo endereçar as minhas queixas, porque estou disposto a ir a tribunal, mas a Wikipédia não sabe quem foi. Ninguém pode ser responsabilizado", denunciou.
Num seminário em que as intervenções incidiram nos mecanismos de combate à desinformação, na preponderância do papel dos jornalistas, na necessidade de incluir a literacia mediática nos currículos escolares, sem esquecer também os mais velhos, ou nos mais recentes exemplos do impacto dasfake news num desfecho eleitoral -- o 'Brexit' ou a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos -, tornou-se evidente, nas palavras do chefe de Unidade na Comissão Europeia responsável pelo Social Media, Conteúdos e Tecnologia, Paolo Cesarini, que quanto mais o tema é debatido, mais ciente se fica "das ameaças inerentes àsfake news".
Fake news: Paulo Rangel apela à intervenção de "atores públicos"
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Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."