A arguida apropriou-se, com a ajuda do companheiro, de duas barras de ouro com 5.526,796 gramas no valor de 178 mil euros.
Uma ex-funcionária da Polícia Judiciária (PJ) do Porto que se apropriou de objectos em ouro do cofre desta força policial, entre 2014 e 2015, deverá conhecer hoje a decisão judicial no Tribunal São João Novo, no Porto.
A arguida, que tinha acesso ao cofre transitório geral da PJ onde eram depositados metais preciosos, situado na cave do edifício, valeu-se desse facto e apropriou-se, com a ajuda do companheiro, de objectos em ouro, nomeadamente de duas barras de ouro com 5.526,796 gramas no valor de 178 mil euros, refere a acusação do Ministério Público (MP), a que a Lusa teve acesso.
Os crimes terão ocorrido entre 14 de Outubro de 2014 e 07 de Abril de 2015, salienta.
A acusação adiantou que a arguida está ainda acusada de ter acedido sem autorização ao sistema informático da PJ e, de aí, ter obtido informações sobre um processo em investigação para passar a uma advogada.
O processo envolve ainda o ex-companheiro da arguida, com quem à data dos factos vivia em união de facto, que vendeu os objectos e barras de ouro.
Durante as alegações finais, o procurador do MP pediu uma pena de prisão, alternativa à efectiva, para a ex-funcionária.
"Vai ter de ser condenada numa pena de prisão, mas alternativa à efectiva", disse, na altura.
Já para o ex-companheiro dela, que o MP considerou como o "mentor" de todo este crime, o procurador pediu uma pena de prisão efectiva.
"É o grande mentor de toda esta situação, aproveitou-se do facto de a mulher trabalhar na PJ e de ter acesso a ouro, levando-a a praticar estes factos quase de forma manipulada", entendeu.
No início do julgamento, a arguida confessou os factos, mostrando-se arrependida, dizendo que furtou o ouro "iludida" pelo ex-companheiro que lhe disse que ninguém iria desconfiar dela e por causa da doença de um dos seus filhos.
Por seu lado, o arguido negou que algum dia tivesse sugerido que ela roubasse ouro, contando que ela é que lhe telefonava para ele ir às imediações da PJ para lhe entregar envelopes com ouro e que nunca desconfiou porque ela lhe dizia que eram peças de processos arquivados.
Os arguidos estão acusados de quatro crimes de peculato em co-autoria, estando ela ainda indiciada de um crime de acesso ilegítimo.
A leitura da decisão judicial está agendada para as 13:45, no Tribunal São João Novo, no Porto.
Ex-funcionária da PJ do Porto que furtou ouro deverá conhecer decisão judicial
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