O eventual corte de 7% no próximo quadro financeiro plurianual foi um dos temas centrais do primeiro debate televisivo com os candidatos às eleições europeias.
O eventual corte de 7% no próximo quadro financeiro plurianual foi um dos temas centrais do primeiro debate televisivo com os candidatos às eleições europeias, em que o PS esteve sob ataque do PSD e do CDS.
Este debate de quase duas horas, na SIC e na SIC-Notícias, moderado por Bento Rodrigues, opôs os cabeças de lista dos seis partidos com representação no Parlamento Europeu: Pedro Marques (PS), Paulo Rangel (PSD), Nuno Melo (CDS-PP), João Ferreira (PCP), Marisa Matias (BE) e Marinho e Pinto (Partido Democrático Republicano - PDR).
À pergunta do jornalista sobre o corte que poderá significar 1.600 milhões de euros no quadro comunitário até 2027, o ex-ministro Pedro Marques socorreu-se da opinião do comissário europeu e militante do PSD Carlos Moedas para dizer que é um "bom resultado para Portugal e um bom princípio de negociação" com a comissão.
E fez uma comparação com o Governo anterior PSD/CDS, argumentando que "perdeu 20 milhões" no poder, de fundos comunitários.
Do outro lado do cenário, Paulo Rangel, do PSD, atacou para sublinhar que Pedro Marques não contestara a perda de 1.600 milhões de euros, e, lembrando que foi o ministro que negociou os fundos em Bruxelas, pôs em causa a sua credibilidade e acusou-o de aceitar aumentos nas verbas comunitárias para Espanha, Itália ou Finlândia, "países ricos", e aceitar uma perda para Portugal.
"Mas há corte ou não há corte?", perguntou Rangel a meio da discussão, acesa, sobre os fundos.
Pedro Marques, referindo-se até ao acordo entre o Governo e o PSD para uma posição comum para a negociação dos fundos, deu a resposta, em tom baixo, dizendo que "não há perda de fundos a preços correntes".
À esquerda, tanto João Ferreira, do PCP, como Marisa Matias, do BE, disseram que este é um ‘dossier’ que não está fechado, prometendo, ambos, votar um orçamento comunitário que preveja perdas de fundos para Portugal.
Marisa Matias aconselhou até o Governo português a "vetar", e João Ferreira lembrou que um "corte nas verbas só passará se Portugal deixar".
Ainda sobre fundos, mas por causa da "troika", houve uma troca de argumentos entre Marisa Matias e Marinho e Pinto.
Depois de a candidata do BE ter dito que o dinheiro das instituições europeias durante o período da "troika" não serviu tanto para resolver problemas dos portugueses, mas sim da banca, Marinho e Pinto, do PDR, respondeu que serviu sim "para salvar os depósitos de milhares de portugueses".
"Importantíssimo", sublinhou o eurodeputado e candidato que se queixou da falta de atenção dos media, é que, no futuro, a previsão é que o país vá receber de Bruxelas o equivalente a cerca de 12 milhões de euros por dia.
As eleições europeias em Portugal realizam-se em 26 de maio.
Europeias: PS sob fogo do PSD e CDS por causa dos fundos comunitários
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.