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Espingardas, saladeiras e um genuflexório. Tudo o que foi arrestado aos gestores do BES

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima 09 de novembro de 2021 às 14:00

Enquanto a João Rendeiro a Justiça apenas quis ficar com os quadros, no caso de Ricardo Salgado e outros administradores do BES o arresto foi desde obras de arte a serviços de louça.

Bem pode o Estado abrir um bazar com tudo o que arrestou a Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo e Amílcar Morais Pires, antigos administradores do Banco Espírito Santo (BES), acusados de dezenas de crimes. De acordo com uma listagem que consta do processo-crime - recentemente, distribuído ao juiz Ivo Rosa para a fase de instrução - há desde obras de arte a serviços de louça que ficaram à guarda dos arguidos, da antiga secretária de Salgado no BES e de um gestor de uma leiloeira. Os objetos ficam apreendidos até uma nova ordem judicial de libertação ou uma sentença transitada em julgado, a qual, em caso de condenação, poderá levar à venda em leilão do que está arrestado para pagamento de eventuais indemnizações.

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