Segundo a diretora clínica do hospital, houve uma elevada procura das urgências nos primeiros cinco dias do ano, mas também a procura desnecessária.
A procura das urgências no hospital Amadora-Sintra e os tempos de espera para atendimento têm estado "a regularizar-se nas últimas 48 horas", segundo a diretora clínica, que apela ao recurso aos centros de saúde para descongestionar as urgências.
Hospital Amadora-Sintra
A diretora clínica do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), Bárbara Flor de Lima, sublinhou a elevada procura das urgências nos primeiros cinco dias do ano, com "mais de três mil doentes atendidos", mas também a procura desnecessária, com "uma grande proporção de doentes não urgentes" a condicionar o atendimento e a avolumar os tempos de espera.
"Houve um pico de afluência que condicionou maior atraso, mas que apesar de tudo tem-se vindo a regularizar nas últimas 48 horas", disse a responsável clínica, num ponto de situação aos jornalistas sobre o plano de contingência em vigor no hospital para responder ao pico de procura provocado pelas infeções respiratórias.
A diretora alertou que a melhoria que se verifica "não invalida que possa vir a haver novos picos de afluência".
Bárbara Flor de Lima apelou a que os doentes recorram à linha SNS24 e procurem atendimento em respostas na comunidade, como os centros de saúde, referindo que os que servem a área de abrangência daquele hospital ainda não esgotaram a sua capacidade.
Também o Amadora-Sintra não esgotou ainda a sua capacidade de internamento, mas o plano de contingência já obrigou a reprogramar cirurgias.
A programação cirúrgica para doentes oncológicos mantém-se inalterada, mas para os casos não urgentes há adiamentos e favorecimento do regime ambulatório, que permite um pós-operatório fora do hospital, sem necessidade de ocupar camas de internamento.
O hospital reforçou o número de camas de internamento para casos graves de infeções respiratórias, inclusive em cuidados intensivos, adiantou Bárbara Flor de Lima.
A diretora clínica do hospital Fernando Fonseca referiu que as expectativas eram de que durante a próxima semana ainda se assistisse a uma "fase crescente de necessidade" e de procura das urgências, admitindo que a melhoria registada nas últimas 48 horas possa ser uma "melhoria transitória".
Sobre o novo surto de vírus respiratório identificado na China e os surtos de gripe das aves em Portugal, a responsável hospitalar disse que está a ser feito um acompanhamento da evolução epidemiológica, frisando que a testagem realizada aos doentes revela que a maioria das infeções respiratórias são pelo vírus da gripe e, numa expressão menor, pelo vírus da covid-19.
"Não é uma situação preocupante nesta fase, mas está a ser feito esse acompanhamento", disse.
Cerca das 11:00 de hoje, o hospital Amadora-Sintra apresentava um tempo de espera médio de 06:33 horas para doentes urgentes, estando oito pessoas em espera.
Quanto aos doentes muito urgentes, o tempo de espera médio estimado era de 02:00 horas, havendo uma pessoa na fila, e os doentes menos urgentes têm de esperar mais de 13 horas cada para serem atendidos.
Na manhã de hoje a situação mais grave registava-se no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, com os doentes urgentes a esperarem cerca de 16 horas para serem atendidos.
Seis serviços de urgência estão hoje encerrados e outros 13 serviços estão reservados a urgências internas e a casos referenciados pelo INEM e pela linha SNS24, segundo dados disponíveis no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os serviços encerrados situam-se maioritariamente na região de Lisboa e Vale do Tejo, havendo apenas um no Centro, e são todos relativos a urgências de Obstetrícia, Ginecologia e Pediatria.
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