A socialista lembrou que houve "uma falha grave no equipamento público de uma empresa municipal detida a 100% e tutelada pela Câmara".
A socialista Alexandra Leitão disse hoje que a Câmara de Lisboa tem responsabilidade política no acidente do elevador da Glória e que o país passará uma péssima imagem se essa responsabilidade não for efetivada até às últimas consequências.
Alexandra Leitão pede à Câmara de Lisboa que assuma responsabilidade política no acidente do elevador da GlóriaRODRIGO ANTUNES/LUSA
As conclusões do relatório preliminar do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), que detetou falhas e omissões na manutenção do ascensor, são, para Alexandra Leitão - que nas últimas autárquicas encabeçou a lista da coligação 'Viver Lisboa' (PS/Livre/BE/PAN) - "de uma grande gravidade" e revelam "um conjunto de falhas sistémicas que são incompatíveis com a manutenção do Conselho de Administração da Carris, ou, pelo menos, do seu presidente".
Alinhada com a vereação socialista ainda em funções na Câmara de Lisboa, que exigiu hoje a demissão da administração da Carris, Alexandra Leitão lembrou que o acidente em que morreram 16 pessoas e 20 ficaram feridas "não foi um sismo ou uma tempestade, foi uma falha grave no equipamento público de uma empresa municipal detida a 100% e tutelada pela Câmara Municipal de Lisboa".
E por isso, disse à agência Lusa, o país estará "a passar uma péssima imagem como Estado, como nação, aos cidadãos, se aqui a responsabilidade não for efetivada até às últimas consequências".
Atendendo à "dimensão internacional" do acidente, a vereadora considera "importante que seja tudo absolutamente esclarecido", e entende que o segundo relatório intercalar "é suficientemente grave" para que o conselho de administração não se possa manter, atribuindo à Câmara de Lisboa a responsabilidade de "tomar as devidas medidas".
Tanto mais que o relatório intercalar contém "um conjunto de recomendações que não podem esperar", e que "demonstram a gravidade da situação" em que "nenhum dos elevadores pode reabrir".
"Na verdade, o que este relatório diz é que os lisboetas e todos aqueles que visitam Lisboa estão numa situação de insegurança e de total falta de confiança relativamente a estes equipamentos", afirmou.
E isso, acrescentou, "não pode merecer, da parte do presidente da Câmara de Lisboa [Carlos Moedas] apenas a referência de que isto não é um problema político, é um problema técnico".
Quando há "um problema sistémico, uma falha sistémica desta dimensão, desta gravidade e com estas consequências, também há um problema político", vincou Alexandra Leitão, acrescentando que "o órgão que tutela [a Carris] tem de assumir as suas responsabilidades".
"Não pode haver passa-culpas, não pode a culpa morrer solteira numa situação desta gravidade, seja a responsabilidade administrativa, seja técnica ou seja política", concluiu a recém-eleita, ainda não empossada, vereadora da Câmara Municipal de Lisboa.
Elevador da Glória. Alexandra Leitão diz que Câmara de Lisboa tem de assumir responsabilidade política
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Claro que, no limite, Seguro também podia promover qualquer coisa com os camaradas. Se for esse o caso, desaconselho o almoço e sugiro um pequeno-almoço. É mais rápido, mais barato – e não causa indigestão.
Trump esforçou-se por mostrar que era dele o ascendente sobre Putin. Mas o presidente russo é um exímio jogador de xadrez. Esperou, deixou correr, mas antecipou-se ao encontro de Zelensky em Washington e voltou a provar que é ele quem, no fim do dia, leva a melhor. A Rússia continuar a querer tudo na Ucrânia. Conseguirá continuar as consequências dos ataques a refinarias e petrolíferas?