Utentes alertam para alteração que "afetará meio milhão de habitantes, nomeadamente a população a norte da estação do Campo Grande".
O movimento de cidadãos Contra o Fim da Linha Amarelatem agendadas para esta semana várias ações de sensibilização e esclarecimento junto de utentes do Metropolitano de Lisboa sobre o plano de expansão que prevê uma linha circular.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Bernardo e Sousa, avançou que a primeira está agendada já para terça-feira, com a distribuição de panfletos nas carruagens do metro da Linha Amarela.
"Algumas pessoas já estão cientes do que se irá passar devido também à nossa insistência, mas gostaríamos que todos percebessem que, em 2024, a vida delas se vai alterar em termos de transporte para o centro da capital e não só para os odivelenses", começou por explicar.
O membro do movimento de cidadãos Contra o Fim da Linha Amarela destacou ainda a importância de, no grupo de contacto com os utentes do metro fazerem parte militantes do Bloco de Esquerda, do CDS-PP, do PAN e do PPD/PSD, demonstrando que várias forças políticas estão contra a "má decisão do Governo" em criar a Linha Verde Circular do metro e tornar a Linha Amarela Circular de Odivelas a Telheiras.
Segundo Paulo Bernardo e Sousa, a criação da linha circular "retira a possibilidade de aceder ao centro de Lisboa, de forma direta, gerando grande confusão com o transbordo em massa no Campo Grande".
O responsável alertou ainda para o facto de, não só, esta medida ir gerar "atrasos nas deslocações", como a perigosidade de "muita gente se deslocar numa estação onde vão ser despejados comboios na íntegra para transitarem para a linha circular".
Paulo Bernardo e Sousa avançou também que a decisão "afetará meio milhão de habitantes, nomeadamente a população a norte da estação do Campo Grande".
Na quarta-feira está prevista uma sessão de esclarecimento no Pavilhão Polivalente de Odivelas, com a presença de um membro do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, do presidente da Câmara Municipal de Loures, de técnicos, partidos políticos e organizações de utentes.
Já na sexta-feira, dia em que vão ser debatidos na Assembleia da República uma petição que visa a Expansão do Metropolitano a Loures, e dois projetos de resolução relacionados com a temática, o movimento de cidadãos Contra o Fim da Linha Amarela vai marcar presença nas galerias e, após o debate, irá concentrar-se junto à porta lateral.
Um dos projetos de resolução recomenda ao Governo "um efetivo investimento no Metro de Lisboa e um Plano de Expansão que sirva verdadeiramente as populações e outro" e o outro defende a "suspensão do Projeto de Expansão da Linha Circular (Carrossel) do Metropolitano em Lisboa".
O novo plano de expansão do Metro, segundo o qual a linha Amarela passará a ligar Odivelas a Telheiras (com desvio no Campo Grande) e as restantes atuais estações que fazem parte desta linha (Cidade Universitária-Rato) passarão a fazer parte da Linha Verde, que irá assumir um trajeto circular.
Essa alteração irá ocorrer quando estiver concluída a expansão entre o Rato e o Cais do Sodré.
Eles juntaram-se Contra o Fim da Linha Amarela do Metro de Lisboa
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