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Economia e os debates dominaram conversação política online pré-eleições

O aumento do salário mínimo, as mexidas no IRS e a Segurança Social foram os temas mais discutidos no X e nos sites de notícias online. Debates fizeram disparar discussão sobre eleições.

Em janeiro e fevereiro, os dois meses anteriores às eleições, os temas gerais mais falados no X (antigo Twitter) e nos meios de comunicação social online foram economia e saúde - sendo que também os debates marcaram esta rede social e os sites de notícias. A conclusão é do estudo da agência Llorente y Cuenca (LLYC) Eleições Legislativas 2024: Análise da Conversação Online, que verificou mais de 200 mil elementos: 129.508 tweets e 70.997 notícias online. Os grupos analisados pela agência, através da ferramenta Brandwatch, foram os dos líderes e partidos políticos, sociedade civil, jornalistas e key opinion makers (fazedores de opinião). 

Apesar de terem sido a saúde, a habitação e a educação a gerar mais contestação social antes do período de campanha, só a Economia e os Impostos representaram 32,8%, dos 200 mil elementos analisados, destacando-se aqui os temas relacionados com "o aumento dos salários médio e mínimo, as mexidas no IRS e os temas relacionados com a Segurança Social".

Em segundo lugar, o que gerou maior conversação online foi um tema eleitoral: os debates e eventos políticos, que dominaram 25,9% dos conteúdos analisados estes dois meses. Segundo o estudo, o início dos debates televisivos fez disparar 62,8% o tema das eleições. Destacaram-se os debates entre o líder da AD, Luís Montenegro, e a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mórtágua; entre o líder do PS, Pedro Nuno Santos e o o líder do Chega, André Ventura; e ainda o debate entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) ficou em terceiro lugar, estando presente em 17,3% dos elementos estudados. A destacar há também o tema da corrupção, que ocupou 8,2% das conversações, e que é sobretudo debatido pelo partido do Chega, e ainda as Forças de Segurança que foram representadas em 4,6% das publicações feitas no X. A habitação, educação e ambiente pouco discutidos.

André Ventura lidera no Instagram e TikTok

O estudo analisou ainda a presença e alcance dos partidos com assento parlamentar e dos respetivos líderes no X, Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok e Threads. Os partidos de direita têm quase o triplo das interações nos seus conteúdos comparados aos partidos da esquerda, e a média de interações dos líderes de direita nas redes sociais é seis vezes superior à média de interações dos líderes da esquerda.

Quanto à performance dos políticos nas redes sociais, André Ventura foi quem de longe conseguiu somar mais interações quer no Instagram, quer no TikTok. No Instagram, segue-se Luís Montenegro, da AD; já no TikTok, o segundo líder com melhor desempenho é Inês Sousa Real. Paulo Raimundo, líder do PCP, é quem soma menos interações. 

Tirando o Chega da análise, seriam na mesma os partidos de direita a somar mais interações: o triplo quando comparadas com a esquerda. Só entre os dias 1 de janeiro e 29 de fevereiro de 2024, a AD, o PSD, o CDS e a IL conseguiram uma média de 540 interações. Já o PS, o BE, a CDU, o PCP, Os Verdes, o Livre e o PAN, atingiram uma média de 354.

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