Graça Freitas recordou que, "praticamente de um dia para o outro, esta situação em Itália foi explosiva". Não há "risco zero", lembrou ainda.
A diretora geral da saúde, Graça Freitas, admitiu esta sexta-feira a possibilidade de uma epidemia nacional devido ao novocoronavírus, afirmando que os casos verificados em Itália alteraram o panorama na Europa.
"Praticamente de um dia para o outro, esta situação em Itália foi explosiva", disse a responsável pela Direção-Geral da Saúde, em conferência de imprensa, frisando que não há "risco zero".
O número de viajantes de Itália para Portugal levou a um reforço de medidas, nomeadamente da linha de apoio ao médico: "Houve um pico de afluência que por vezes coincidia com a chegada dos aviões".
Graça Freitas admitiu que a linha de apoio poderá voltar a ser reforçada, assim como outros mecanismos de resposta.
Portugal continuava sem casos positivos até à hora da conferência de imprensa (14h00).
Os doentes encaminhados para testes encontram-se estáveis e com sintomas ligeiros, em alguns casos apenas tosse, mas o facto de terem chegado de Milão requer uma atenção especial, referiu.
A diretora-geral da Saúde insistiu nas medidas de autoproteção, como lavar as mãos com frequência, não tossir para as mãos, nem a menos de um metro de outra pessoa, se possível.
Às escolas recomendou que evitem jogos de grupo e contacto físico, que não constituam atividades essenciais.
As medidas destinadas às escolas foram feitas em articulação com o Ministério da Educação e há também contactos com outros ministérios, acrescentou.
As pessoas que cheguem de Itália ou outros países de zonas afetadas devem ficar particularmente atentas a qualquer sintoma e medir a temperatura duas vezes por dia.
"A grande maioria chega assintomática. Devem manter-se vigilantes nos próximos 14 dias", aconselhou, acrescentando que o primeiro mecanismo de triagem é alinha Saúde 24.
Pelo menos para quem chega de Itália recomendou menos contacto físico com familiares e amigos (abraços e beijos) durante 14 dias.
Graça Freitas afirmou que em casa também podem ser adotados planos de contingência no caso de um elemento da família adoecer. Menos contacto com os outros elementos da família e tomar as refeições no quarto, usar máscara (apenas o doente) estão entre as medidas possíveis para conter o vírus.
As máscaras não são aconselhadas à população em geral, apenas aos doentes.
Neste momento há 10 hospitais aptos a receber doentes, se for necessário, de acordo com a DGS.
As entidades privadas que realizem testes de diagnóstico são obrigadas a comunicar à DGS caso haja resultados positivos.
O Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.
Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.
Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão, um dos quais com confirmação de infeção e o outro por indícios relacionados com o novo coronavírus.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 52 casos suspeitos de infeção, 16 dos quais ainda estavam em estudo na quinta-feira.
Os restantes 36 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.
Segundo a DGS, o risco para a saúde pública em Portugal mantém-se "moderado a elevado".
DGS reforça medidas e admite possibilidade de epidemia nacional de coronavírus
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