"À justiça o que é da justiça, à política o que é da política. Portanto, não fazemos política com base nestes casos", disse candidata a Lisboa
A candidata do CDS-PP à Câmara de Lisboa criticou hoje Fernando Medina pela suspeição lançada sobre todas as candidaturas pela denúncia que originou a investigação do Ministério Público à compra de um imóvel pelo autarca socialista.
"À justiça o que é da justiça, à política o que é da política. Portanto, não fazemos política com base nestes casos, mas também tenho de dizer ao senhor presidente da Câmara de Lisboa que não aceitamos o manto de suspeição que ontem veio lançar sobre todas as candidaturas quando referiu que haveria influências partidárias", afirmou Assunção Cristas.
A cabeça de lista da coligação "Pela Nossa Lisboa" (CDS-PP/MPT/PPM) reagia à "profunda indignação" que Fernando Medina expressou pela denúncia anónima recebida na Procuradoria-Geral da República relativa à compra de um imóvel, dizendo que "foram também feitas chegar por mão de candidaturas adversárias a jornais".
Sem especificar a que candidaturas se referia, Fernando Medina declarou: "podem tentar, mas não vão conseguir porque nós não vamos desistir desta campanha e de fazer desta campanha aquilo que ela deve ser".
Assunção Cristas recusou estar implicada na denúncia e argumentou pela gravidade da acusação do actual presidente da Câmara de Lisboa e candidato do PS.
"Da parte do CDS, não temos nada a ver, rejeitamos, mas acho que é grave, porque de repente 11 candidaturas ficam sob suspeita. O que nos interessa, como sempre fizemos, é discutir ideias, é discutir prioridades para a cidade de Lisboa. Ando no terreno há mais de um ano e é isso que tenho feito", afirmou a candidata centrista e líder do partido.
Assunção Cristas falava aos jornalistas depois de acompanhar a entrada de alunos na escola básica do Largo de Leão, na freguesia de Arroios, onde um protesto da associação de pais pedia mais funcionários na escola, um plano de emergência para o estabelecimento e obras de qualificação.
Em resposta enviada à agência Lusa na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que "a matéria relativa à compra do imóvel" de Fernando Medina "é referida numa denúncia anónima" recebida em finais de Agosto e que a participação foi remetida ao Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa "onde se encontra em investigação".
A notícia da compra do imóvel foi avançada pelo Observador, que revelou que Fernando Medina não declarou ao Tribunal Constitucional ser proprietário de um duplex no centro de Lisboa, que adquiriu em 27 de Setembro de 2016 por 645 mil euros, tendo apenas informado do pagamento de um sinal de compra de 220 mil euros.
O jornal i noticiou hoje que a PGR recebeu em Agosto uma denúncia que remeteu ao DIAP de Lisboa e que está agora "em investigação".
A análise ao caso pela Justiça, acrescentou a PGR, já estava a decorrer antes das notícias divulgadas desde segunda-feira e que questionam o valor do negócio.
Segundo a revista Sábado, a casa pertencia e foi vendida por um elemento da família Teixeira Duarte, que controla a construtora com o mesmo nome, à qual foram adjudicadas pela autarquia, por ajuste directo (sem concurso público), obras como a recuperação do Miradouro de São Pedro de Alcântara.
O candidato socialista à presidência da Câmara de Lisboa e actual presidente do município afirmou, na terça-feira, que cumpriu "escrupulosamente" as obrigações legais relativamente à entrega da declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional, afirmando que foi "totalmente transparente".
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