A empresa de transportes justifica decisão com a quebra de receitas devido à pandemia da covid-19. Medida vai abranger cerca de 2.000 trabalhadores.
A empresa de transportes Transdev anunciou hoje que vai aderir ao sistema de 'lay-off' simplificado na quarta-feira, devido à quebra de receitas na sequência da pandemia da covid-19, e que esta decisão vai abranger cerca de 2.000 trabalhadores.
De acordo com um comunicado divulgado, a Transdev dá conta de que as "restrições decretadas à mobilidade" como medida de mitigação da doença provocada pelo SARS-CoV-2, "provocaram a quase total redução da atividade" desta empresa, que se "traduziu numa quebra das receitas na ordem dos 90%".
Por isso, a Transdev vai entrar "no sistema de 'lay-off' simplificado nas condições previstas" pelo Governo, a partir de quarta-feira, 01 de abril, e que a adesão a este programa "abrange os cerca de 2.000 colaboradores do grupo das empresas Transdev".
O 'lay-off' simplificado permite a redução temporária do período normal de trabalho ou a suspensão de contrato de trabalho.
As empresas que aderirem a esta sistema podem suspender contratos de trabalho ou reduzir o horário dos trabalhadores que, por sua vez, têm direito a receber dois terços da remuneração normal líquida -- 70% suportada pela Segurança Social e 30% pela empresa.
Esta é uma das medidas excecionais aprovadas pelo Governo para manutenção dos postos de trabalho, no âmbito da crise causada pela pandemia.
A nota da Transdev sublinha que vai manter os serviços mínimos, que "serão assegurados pelo número de colaboradores necessários" em cada região, e que também manterão as medidas ditadas pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes e pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para proteger os clientes e trabalhadores.
A empresa de transportes advertiu ainda que "a medida mais relevante e imediata é o pagamento dos nove milhões de euros que o Estado" deve à Transdev, de modo a "assegurar a tesouraria e permitir o pagamento de salários".
A Transdev pede ainda a "suspensão imediata de todos os processos de contratualização que estejam em curso, assim como o não lançamento de quaisquer procedimentos tendentes à contratualização das obrigações de serviço público".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 165 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 160 mortes e 7.443 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 627 estão internados, 188 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
AFE // AJO
Lusa/Fim
Covid-19: Transdev adere ao lay-off a partir de quarta-feira
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