Coordenadora da Rede de Cuidados Continuados lembrou as dificuldades vividas nos lares de idosos com poucos funcionários e instalações que dificultam o controlo da pandemia.
A coordenadora da Rede de Cuidados Continuados lembrou hoje as dificuldades vividas nos lares de idosos com poucos funcionários e instalações que dificultam o controlo da covid-19, salientando o trabalho feito nos últimos meses de combate à pandemia.
"Houve um caminho que se fez. Sabemos que não é fácil, sabemos que estas estruturas têm as suas dificuldades quer de pessoal quer da própria estrutura física, mas o trabalho conjunto em parceria com autarquias, com autoridades de saúde e outras instituições é um trabalho muito positivo", sublinhou a coordenadora da Comissão da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), Maria da Purificação Gandra, durante a conferência de imprensa sobre a situação da pandemia de covid-19 em Portugal.
Reconhecendo as "dificuldades" que atravessam muitas estruturas que acolhem os idosos, Maria da Purificação Grandra aplaudiu o trabalho desenvolvido ao longo dos últimos meses, lembrando a evolução da doença nos lares.
"Neste momento temos 76 estruturas residenciais com doentes infetados, quando em abril, no pico da pandemia, havia 365 lares", disse Maria da Purificação Grandra, acrescentando ainda que se passou de cerca de 2.500 infetados em abril para cerca de 500 doentes atualmente.
A questão dos lares foi levantada hoje durante a conferência de imprensa devido ao relatório da Ordem dos Médicos (OM) que concluiu que o lar de Reguengos de Monsaraz, onde morreram 18 pessoas de covid-19, não estava a cumprir as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O documento revelou que não era possível cumprir "o isolamento diferenciado para os infetados ou sequer o distanciamento social para os casos suspeitos".
A comissão conclui que "os recursos humanos foram insuficientes para a prestação de cuidados adequados no lar, mesmo antes da crise de covid-19, uma situação que se agravou com os testes positivos entre os funcionários, que os impediram de trabalhar".
Em declarações à Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos veio pedir um acompanhamento mais próximo por parte da DGS.
O subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, saudou o relatório da OM - "o inquérito é bem-vindo e deve ser analisado com cuidado" - mas lembrou que a intervenção junto dos lares não é uma competência da DGS mas sim das autoridades de saúde regionais e locais.
"Não significa isso que estejamos totalmente satisfeitos e que não possamos melhorar em relação às intervenções", admitiu o responsável.
Apesar de a lei orgânica da DGS não prever essa competência, Rui Portugal acrescentou que tal "não significa que não possa haver revisões de procedimentos propostos em termos de normas e orientações por parte da DGS".
Neste momento, estão já a funcionar "diferentes projetos de intensificação de vigilância de lares", segundo o responsável, que deu como exemplos casos que existem em Faro, Évora e Setúbal.
Rui Portugal lembrou ainda que esta matéria também é da responsabilidade do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social.
Portugal regista hoje mais três mortos e 290 novos casos de infeção por covid-19 em relação a quinta-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o relatório da DGS sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 52.351 casos de infeção confirmados e 1.746 mortes, das quais três na região de Lisboa nas últimas 24 horas.
A região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza hoje 26.928 casos de covid-19, mais 208 do que na quinta-feira.
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