Durante 45 minutos, primeiro-ministro conversou sobretudo sobre a sua vida pessoal, cozinhou uma cataplana de peixe e contou com a presença da mulher, Fernanda Tadeu, bem como dos dois filhos e da nora
O primeiro-ministro afirmou que os donativos que foram dados para as vítimas dos incêndios de 2017 através do Estado "estão todos auditados e esclarecidos", reconhecendo que esses foram os momentos mais difíceis do seu mandato.
António Costa foi o convidado desta terça-feira d'O Programa da Cristina, transmitido nas manhãs da SIC, e durante 45 minutos conversou sobretudo sobre a sua vida pessoal, cozinhou uma cataplana de peixe e contou com a presença da mulher, Fernanda Tadeu, bem como dos dois filhos e da nora.
A política quase passou ao lado da presença do primeiro-ministro no programa, mas, perto do final, a apresentadora Cristina Ferreira questionou-o se os incêndios de Pedrógão poderiam ser considerados "a mancha negra" do seu mandato. "Sim, espero que não haja outros, é uma coisa horrível, marcante, e serão sempre inesquecíveis aqueles dias de junho e outubro", respondeu António Costa, referindo-se aos incêndios de 2017 que causaram mais de cem mortos.
Sobre as irregularidades que têm sido detetadas na distribuição dos donativos dos portugueses, o primeiro-ministro defendeu que "tudo tem de ser esclarecido", mas salientou que não se registaram problemas com a ajuda que foi dada através do Estado, por um mecanismo criado pelo Governo após estes grandes incêndios.
"Os donativos que vieram para o Estado estão todos auditados ou esclarecidos. O que tem acontecido é com entidades que não são do Estado, ou são privados ou municípios, que não têm os mesmos mecanismos de controle", apontou, dizendo ter temido que tal pudesse acontecer, devido "à forma espontânea e desorganizada" como os cidadãos acabaram por preferir canalizar a sua solidariedade.
Costa assegurou estar confiante para as legislativas de 06 de outubro e disse, para já, não pensar como será a sua vida quando deixar de ser primeiro-ministro. "Para já, estou concentrado. Não há muito tempo para pensar noutras coisas", assegurou.
"Essa coisa de as mulheres cozinharem todos os dias tem os dias contados e ele cozinha muito melhor que eu", afirmou a mulher do primeiro-ministro.
Foi já enquanto cortava os legumes para a cataplana que Costa ouviu a apresentadora mencionar as queixas e greves de várias classes profissionais, como os professores e os enfermeiros, mas sem lhe fazer uma pergunta direta.
"Conhece alguém que não se queixe?", questionou o chefe de Governo.
A escolha do dia de Carnaval para participar n'O programa da Cristinafoi justificada pela apresentadora com um pedido do primeiro-ministro de participar num dia feriado em que não tivesse compromissos profissionais, e elogiou a sua habilidade política.
"Não sei se isso é um elogio", respondeu Costa, entre risos.
A conversa centrou-se na forma como o primeiro-ministro conheceu a mulher, a relação que teve com os pais separados e a sua infância e percurso escolar, com António Costa a confessar ter levado "algumas reguadas" por um motivo particular.
"Há um sorriso que eu tenho que é muito irritante e que nunca consegui corrigir, e os professores pensavam que era a gozar com eles. É uma coisa nervosa ou timidez, há um sorriso com que as pessoas não simpatizam e apanhei muitas reguadas à custa dele", contou.
Costa ofereceu a Cristina Ferreira uma composição de várias fotografias tiradas por si, enquanto a apresentadora retribuiu com um puzzle.
"Uau, adoro puzzles", reagiu Costa, que foi ao programa em traje informal, sem gravata, e até vestiu o avental quando passou aos cozinhados.
Durante os 45 minutos que durou a sua participação houve ainda tempo para Costa falar num apoio criado no último Orçamento do Estado - e que terá de ser regulamentado - para comparticipar os produtos substitutos do leite para as pessoas intolerantes, em resposta a um caso relatado no programa da véspera.
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