Os investigadores querem concentrar as drogas tóxicas no tumor sem atingir as células saudáveis. O tratamento é mais eficaz e elimina as células cancerígenas
Portugal lidera um consórcio europeu que se propõe desenvolver uma nova terapia para o cancro, que mata o tumor sem causar danos nas células saudáveis, como acontece com as terapêuticas convencionais como a quimioterapia.
O investigador Gonçalo Bernardes, coordenador do projecto, lembrou à Lusa que "as drogas que são actualmente usadas não conseguem distinguir a célula saudável de uma célula cancerígena".
Nesse sentido, adiantou, o que o consórcio pretende fazer "é conjugar essas drogas com umas moléculas que se chamam anticorpos, que são específicos para moléculas que estão presentes na superfície das células cancerígenas e, dessa forma, direccionar as drogas convencionais para as células cancerígenas".
Segundo Gonçalo Bernardes, coordenador do Laboratório de Biologia Química e Biotecnologia Farmacêutica do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa (IMML), podendo aumentar-se a concentração das drogas tóxicas no tumor, sem atingir as células saudáveis, aumenta-se a eficácia do tratamento e a eliminação de células cancerígenas.
A equipa de trabalho, que agrega 30 a 40 elementos, espera usar este novo tratamento como primeira medicação para o tratamento do cancro, de qualquer tipo de cancro, tendo em conta o seu estado de desenvolvimento.
O projecto obteve um financiamento de 2,5 milhões de euros para quatro anos, do programa europeu de bolsas "Ações Marie Curie", que permitirá criar a nova classe de moléculas - os anticorpos conjugados com moléculas tóxicas - e testá-la em ratinhos.
Do consórcio europeu fazem parte instituições académicas e laboratórios farmacêuticos de Portugal, Espanha, Reino Unido, França, Alemanha, Áustria e Suíça.
Portugal está representado pelo IMML e pela Faculdade de Farmácia de Lisboa.
Cancro: Portugal lidera consórcio europeu de investigação
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