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Como José Sócrates e os outros arguidos querem destruir a Operação Marquês

Nuno Tiago Pinto , António José Vilela 02 de outubro de 2018 às 19:00

O primeiro passo foi conseguido: afastar o juiz Carlos Alexandre, que poderá ser obrigado a testemunhar em tribunal. Agora, as defesas querem anular provas para deitar abaixo o mais importante processo da história da democracia.

Se o pedido da defesa de Armando Vara para ouvir o juizCarlos Alexandrecomo testemunha for aceite, a fase de instrução daOperação Marquêsdeverá ficar marcada por aquela que será uma situação inédita (e, provavelmente, muito tensa): o juiz Carlos Alexandre, sentado numa das salas do tribunal onde está há 14 anos, à disposição das defesas e do juizIvo Rosa– com quem não tem qualquer relação pessoal, apesar de serem os dois únicos juízes no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) – para ser interrogado sobre as alegadas ilegalidades que o fizeram ficar à frente do processo em 2014. Será uma espécie de tiro ao alvo: uma oportunidade única para as defesas contestarem indirectamente cada uma das decisões de Carlos Alexandre. Da autorização da captação de escutas telefónicas à assinatura dos mandados de prisão preventiva.

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