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Chefes de equipa de obstetrícia e ginecologia do Amadora-Sintra ameaçam demitir-se

01 de agosto de 2018 às 17:02
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Os profissionais de saúde do Hospital Amadora-Sintra consideram que "as condições de assistência ultrapassaram os limites mínimos de segurança aceitáveis para o tratamento de doentes".

Os chefes de equipa de ginecologia e obstetrícia do hospital Amadora-Sintra ameaçam demitir-se dentro de duas semanas se não forem resolvidos os problemas identificados, como as condições de assistência na urgência.

Numa carta, a que a agênciaLusateve acesso, os profissionais consideram que "as actuais condições de assistência no serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do hospital Fernando Fonseca ultrapassaram, em várias das suas vertentes, os limites mínimos de segurança aceitáveis para o tratamento dos doentes críticos que diariamente a ele recorrem".

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Roque da Cunha, confirmou à agência Lusa que esta carta foi hoje entregue à administração do hospital e adiantou que os internos desta especialidade do hospital Fernando Fonseca assinaram também uma minuta em que dão conta de que se recusarão a fazer mais do que as 200 horas de urgência por ano a que estão obrigados.

"As equipas têm ultrapassado todas as dificuldades e constrangimentos com que se têm deparado, tentando manter, com enorme esforço, nem sempre reconhecido, os padrões de qualidade e segurança históricos neste serviço de urgência", refere a carta dos chefes de equipa.

Os chefes de equipa argumentam ainda que não podem "aceitar as situações criadas, continuando a assumir as responsabilidades inerentes à sua função (...) face à degradação da qualidade assistencial no serviço de urgência do hospital Fernando Fonseca".

Tal como os chefes de equipa demissionários do hospital de São José, estes profissionais indicam que era necessário um "plano de emergência" baseado na gestão racional de recursos financeiros e humanos, mas centrado no doente.

Na carta, indicam que há uma "degradação progressiva" pela não renovação e pela diminuição das equipas, "associada a um desaparecimento de condições essenciais" para o funcionamento correto da urgência, dando como exemplos a diminuição das salas com apoio de enfermagem. Referem ainda ausência de contratação de médicos jovens que rejuvenesçam as equipas.

Os médicos do Fernando Fonseca afirmam que têm alertado várias vezes para estes problemas, sem que até ao momento haja "tomada de medidas com vista à diminuição das suas consequências".

Sindicatos exigem recomposição de equipas

Na sequência da ameaça de demissão de chefes de equipa, os sindicatos médicos exigem a recomposição das equipas de obstetrícia do hospital e vão pedir uma reunião à administração do hospital.

Em comunicado, o Sindicato dos Médicos da Zona Sul "exige a rápida resolução da recomposição das equipas de obstetrícia do Hospital Fernandes da Fonseca (três especialistas e dois internos)", como forma de "superar a diminuição da qualidade assistencial prestada nesse hospital à população da Amadora e Sintra".

"Responsabiliza-se, mais uma vez, o Ministério da Saúde - e neste caso também o conselho de administração do Hospital Fernandes da Fonseca - pela incompetência na gestão de recursos humanos que se tem tornado usual, não contratando atempadamente os médicos necessários para as maternidades públicas do país", refere o Sindicato.

Também o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) exige a resolução da situação e vai solicitar uma reunião com a administração do hospital, segundo disse à agênciaLusao secretário-geral, Roque da Cunha.

Os chefes de equipa de ginecologia e obstetrícia do hospital Amadora-Sintra dizem que se demitem dentro de duas semanas se não forem resolvidos os problemas identificados, como as condições de assistência na urgência.

Numa carta, a que a agência Lusa teve acesso, os profissionais consideram que "as actuais condições de assistência no serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia do hospital Fernando Fonseca ultrapassaram em várias das suas vertentes, os limites mínimos de segurança aceitáveis para o tratamento dos doentes críticos que diariamente a ele recorrem".

Roque da Cunha confirmou à agênciaLusaque esta carta foi hoje entregue à administração do hospital e adiantou que os internos desta especialidade do hospital Fernando Fonseca assinaram também uma minuta em que dão conta de que se recusarão a fazer mais do que as 200 horas de urgência por ano a que estão obrigados.

"As equipas têm ultrapassado todas as dificuldades e constrangimentos com que se têm deparado, tentando manter, com enorme esforço, nem sempre reconhecido, os padrões de qualidade e segurança históricos neste serviço de urgência", refere a carta.

Os chefes de equipa indicam ainda que não podem "aceitar as situações criadas, continuando a assumir as responsabilidades inerentes à sua função (...) face à degradação da qualidade assistencial no serviço de urgência do hospital Fernando Fonseca".

Tal como os chefes de equipa demissionários do hospital de São José, em Lisboa, estes profissionais indicam que era necessário um "plano de emergência" baseado na gestão racional de recursos financeiros e humanos, mas centrado no doente.

Na carta, indicam que há uma "degradação progressiva" do serviço pela não renovação e pela diminuição das equipas, "associada a um desaparecimento de condições essenciais" para o funcionamento correto da urgência, dando como exemplos a diminuição das salas de apoio de enfermagem. Referem ainda a ausência de contratação de médicos jovens que rejuvenesçam as equipas.

Os médicos do Fernando Fonseca afirmam que têm alertado várias vezes para estes problemas, sem que, até ao momento, haja "tomada de medidas com vista à diminuição das suas consequências".

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