Sábado – Pense por si

"Chamavam-me anjo branco, agora fazem sentir-me uma aberração"

Raquel Lito , Leonor Riso 13 de março de 2017 às 07:00

O padre está ausente, mas os elementos do coro da igreja vão à missa. Não cantam, vestem-se de negro. O braço-de-ferro continua, com o maestro da paróquia no centro da polémica. João Cláudio Maria é homossexual, tem 21 anos e conta à SÁBADO como tem vivido a discriminação desde que se assumiu

O coro da missa toma os seus lugares na igreja-matriz de Castanheira de Pera, uma pequena pároquia no meio do nada do distrito de Leiria. Senta-se nos degraus do lado direito do altar, como habitualmente, mas o ambiente é pesado. São 14 elementos, entre os 18 e 70 anos, vestidos de negro – só falta uma participante que está fora da povoação. Não cantam os salmos, não tocam órgão, nada. Permanecem em silêncio na última eucaristia de domingo, dia 12, em modo de protesto pela atitude da Igreja.   

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

Salazar ainda vai ter de esperar

O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.