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CGTP vai ao parlamento com trabalhadora despedida de corticeira

A CGTP já promoveu várias iniciativas de solidariedade para com Cristina Tavares e prometeu contestar o despedimento em tribunal.

ACGTPvai na quinta-feira aos grupos parlamentares com uma trabalhadora corticeira despedida ilegalmente pela segunda vez, para os sensibilizar para a necessidade de serem tomadas medidas que evitem situações de assédio.

A central sindical pediu reuniões a todos os grupos parlamentares, só ainda não obteve resposta do CDS-PP, com o objetivo de discutir o caso concreto de Cristina Tavares e medidas que acabem com este tipo de problemas.

"Como é do conhecimento público, a trabalhadora corticeira Cristina Tavares foi despedida, pela segunda vez, no espaço de dois anos, pela empresa Fernando Couto. Como se constata pelos autos e coimas aplicadas pela Autoridade das Condições de Trabalho, estamos perante uma situação de assédio, humilhação, trabalho improdutivo e ofensa à dignidade da trabalhadora", afirmou o secretário-geral da CGTP no pedido de reunião enviado aos partidos.

Cristina Tavares foi despedida de uma empresa de Santa Maria da Feira em 2017, alegadamente por ter exercido os seus direitos de maternidade e de assistência à família, mas o tribunal considerou o despedimento ilegal e determinou a sua reintegração na empresa.

Sindicato pedirá indemnização para trabalhadora castigada em corticeira

A situação foi denunciada na semana passada pelo Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte (SOCN) e pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP): Cristina Manuela Tavares, reintegrada no seu posto de trabalho na Corticeira Fernando Couto por ordem judicial, foi "castigada" pela empresa a carregar e descarregar os mesmos sacos com pesos superiores a 15kg na mesma palete, ao sol, numa acção improdutiva.

Em janeiro a empresa corticeira voltou a despedi-la acusando-a de difamação, depois de ter sido multada pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), que verificou no local que tinham sido atribuídas à trabalhadora tarefas improdutivas.

Para o secretário geral da Intersindical, Arménio Carlos, esta é "uma situação que, para além de afetar gravemente a vida profissional, pessoal e familiar da trabalhadora, colide com os princípios constitucionais, nomeadamente os abrangidos no capítulo dos direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores".

"Sendo o caso concreto de uma trabalhadora, este é, contudo, um problema que afeta muitos outros trabalhadores que, só por medo, não denunciam as situações de assédio de que são vítimas", acrescentou o sindicalista no documento enviado aos grupos parlamentares.

A delegação da CGTP-IN será composta por elementos da sua comissão executiva, da federação sindical do setor corticeiro (FEVICCOM), da União dos Sindicatos de Aveiro, do Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte e a trabalhadora Cristina Tavares.

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