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Antigo Presidente da República considera que, com a morte do empresário, se "perde uma das vozes mais conscientes das fragilidades e capacidades" de Portugal.
O ex-Presidente da República Cavaco Silva afirmou este sábado que "a visão estratégica de Alexandre Soares dos Santos fará muita falta" e que, com a sua morte, se "perde uma das vozes mais conscientes das fragilidades e capacidades" de Portugal.
"Com a morte de Alexandre Soares dos Santos, Portugal perde a sua ímpar capacidade de liderança empresarial, mas perde simultaneamente uma das vozes mais conscientes das fragilidades e das capacidades do país, sempre acutilante e desassombrado na sua análise. A sua visão estratégica fará muita falta", afirma Aníbal Cavaco Silva, numa declaração escrita enviada à Lusa.
Para o ex-Presidente da República, "Soares dos Santos soube dar um impulso extraordinário ao grupo empresarial da sua família, mas manteve em cada momento a vontade de contribuir para o bem comum, a igualdade de oportunidades, a justiça social e o progresso do nosso país".
"A Fundação Francisco Manuel dos Santos, fruto da sua reflexão sobre as nossas necessidades coletivas, aquilo que somos e os passos que devemos dar para sermos melhores, é um testemunho vivo da sua generosidade e da sua liderança", acrescenta Cavaco Silva, apresentando "sentidas condolências" à família do empresário e "a todos os colaboradores do grupo empresarial".
Alexandre Soares dos Santos, antigo presidente da Jerónimo Martins, morreu na sexta-feira, aos 84 anos.
Em 2009, Alexandre Soares dos Santos criou a Fundação Francisco Manuel dos Santos, que gere o portal "Pordata", Base de Dados do Portugal Contemporâneo, e lançou uma coleção de livros de ensaio, a preços reduzidos, sobre temas da atualidade.
Elísio Alexandre Soares dos Santos nasceu no Porto em 1934, começando a carreira profissional em 1957 na Unilever e depois, até 1967, foi diretor de marketing da Unilever Brasil, entrando no ano seguinte para o conselho de administração da JM como administrador-delegado, cargo que acumulou com o de representante da JM na 'joint-venture' com a Unilever.
Em fevereiro de 1996 passou para a presidência do conselho de administração da JM, cargo que ocupou até abril de 2003, quando passou a presidente não executivo ('chairman'), até 18 de dezembro de 2013.
A sua liderança empresarial ficou marcada pela transformação de um negócio familiar, iniciado com uma loja no Chiado, em Lisboa, em 1792, num dos maiores grupos de distribuição em Portugal, êxito que contribuiu para ser considerado um dos homens mais ricos do país.
O crescimento e a internacionalização do grupo levaram-no para a Polónia e Colômbia, depois de uma primeira experiência problemática no Brasil.
Além da obra empresarial, Soares dos Santos deixou também presença no panorama sociopolítico, designadamente através da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e dos juízos críticos que fazia com frequência sobre a conjuntura político-económica e os seus protagonistas.
A Fundação, criada em 2009, gere o portal "Pordata", Base de Dados do Portugal Contemporâneo, e uma coleção de livros de ensaio sobre temas da atualidade, além de organizar debates sobre temas da atualidade.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou-o, em abril de 2017, com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial.
Cavaco Silva: "Visão estratégica de Soares dos Santos vai fazer falta ao país"
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