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Catalina Pestana: Marcelo realça marca na luta pelos direitos das crianças

22 de dezembro de 2018 às 13:54
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Presidente da República disse que a antiga provedora da Casa Pia de Lisboa, que morreu na noite passada aos 72 anos, "marcou a luta pelos direitos das crianças em Portugal".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse este sábado que a antiga provedora da Casa Pia de Lisboa, Catalina Pestana, que morreu na noite passada aos 72 anos, "marcou a luta pelos direitos das crianças em Portugal".

Na página da Presidência na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa lembra que Catalina Pestana "foi a primeira mulher a assumir a direcção da centenária Casa Pia de Lisboa, num dos momentos mais difíceis que a instituição atravessou".

"Catalina Pestana, professora e cuidadora, nunca desistiu de combater pelas causas em que acreditava, nomeadamente a defesa das crianças acolhidas. Depois da Casa Pia encarregou-se da refundação da Casa do Gaiato de Lisboa", acrescenta.

Marcelo Rebelo de Sousa recorda assim "a sua coragem no desempenho das funções profissionais e genuinidade com que tratava todos com quem convivia".

A antiga provedora da Casa Pia estava há "várias semanas" internada numa unidade hospitalar em Lisboa e morreu na noite passada vítima de uma infecção generalizada, segundo confirmou hoje o advogado da instituição à agência Lusa, Miguel Matias.

Catalina Pestana foi nomeada provedora da Casa Pia em 2002 pelo Ministério da Segurança Social e do Trabalho, na altura tutelado por Bagão Félix, e era uma das vozes de defesa das vítimas do processo de pedofilia que abalou a instituição.

Permaneceu à frente da instituição até maio de 2007, quando o julgamento do caso Casa Pia ainda decorria, para no ano seguinte integrar o projecto de uma "Rede de Cuidadores", contra abusos sobre jovens.

Nascida em 5 de Maio de 1947, viveu no Barreiro e fez o liceu em Setúbal, antes de ir estudar Filosofia para a Universidade de Letras de Lisboa.

Em 1975, assumiu a direcção do Colégio de Santa Catarina, em Lisboa, funções que exerceu durante cerca de doze anos, até 1987. Depois, começou a dar aulas de Análise Sócio-Histórica da Educação na Faculdade de Motricidade Humana.

As cerimónias fúnebres decorrerão no domingo, a partir das 11:00, na Igreja da Cruz Quebrada, Oeiras, seguindo depois para o cemitério de Barcarena.

O velório decorre a partir das 18:00 de hoje.

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