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Câmara de Lisboa vai criar plano de contingência para a mobilidade por causa das obras

Lusa 04 de maio de 2023 às 15:52
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A proposta do Bloco de Esquerda defende a implementação de um plano de contingência, que seja desenvolvido em articulação com os operadores de transporte e com as juntas de freguesia para mitigar estes impactos.

A Câmara Municipal de Lisboa vai criar um plano de contingência para responder aos impactos na mobilidade causados pelas obras que decorrem na cidade, foi esta quinte-feira divulgado.

A criação do plano decorre de uma proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda e que foi aprovada na quarta-feira em reunião da Câmara Municipal, por unanimidade.

Em causa está, segundo é explicado nos considerandos da proposta, a que a agência Lusa teve acesso, "os grandes constrangimentos previstos no tráfego rodoviário", decorrentes das obras do plano geral de drenagem e do alargamento da rede do Metropolitano de Lisboa.

A proposta refere que tanto as obras do plano de drenagem como do Metropolitano de Lisboa implicam a montagem de estaleiros que vão ter "um impacto significativo em vias rodoviárias que têm já um enorme fluxo de trânsito, estando diariamente congestionadas".

Nesse sentido, a proposta dos bloquistas defende a implementação de um plano de contingência, que seja desenvolvido em articulação com os operadores de transporte e com as juntas de freguesia para mitigar estes impactos.

"O plano de contingência deve reforçar a oferta dos transportes públicos nas zonas mais afetadas e desenvolver percursos alternativos para que os impactos no trânsito automóvel sejam mitigados através da utilização dos transportes públicos", lê-se na proposta.

É ainda proposto que se deve ter em conta a utilização de alternativas de mobilidade ativa, nomeadamente ciclovias e zonas pedonais, e que seja criado um plano de comunicação "eficaz e abrangente, que "indique aos munícipes os constrangimentos na circulação rodoviária e as alternativas de transportes públicos".

O trânsito está condicionado desde 26 de abril, por tempo indeterminado, na zona ribeirinha e Baixa de Lisboa devido a várias obras, sendo sugeridas pela Câmara Municipal alternativas para circular de Alcântara ao Parque das Nações.

Para desviar o trânsito das zonas condicionadas, a Câmara sugere que seja utilizada para atravessamento uma "5.ª Circular", um percurso que parte de Alcântara - Avenida Infante Santo - Estrela - Avenida Álvares Cabral - Rato - Rua Alexandre Herculano - Conde Redondo - Avenida Almirante Reis - Praça do Chile - Rua Morais Soares - Praça Paiva Couceiro - Avenida Mouzinho de Albuquerque - Parque das Nações.

Entre as obras que vão provocar os condicionamentos estão a expansão do metro de Lisboa, a realização do Plano de Drenagem, para evitar situações de cheias na capital, a reabilitação da rede de saneamento e a repavimentação de vias.

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