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A ex-vice-presidente acusa a direção de múltiplas ilegalidades e pode ir até ao Constitucional. Politicamente, o PPM não “foi feito para circo de um só palhaço”.
Estavam 33 pessoas no congresso do PPM do último fim de semana, na ilha do Corvo. Quase todos açorianas e apenas três, o presidente Gonçalo da Câmara Pereira, a vice-presidente Aline de Beuvink e Orlanda Matias do Conselho Nacional, do continente, mas não deixou de haver divergência e aberta, pela primeira vez. Quando a vice-presidente terminou o seu discurso, duríssimo para Câmara Pereira e para o atual rumo do partido, fez-se silêncio – só se ouviam os stiletos da oradora a encaminhar-se para o seu lugar, recorda quem estava na sala. “Fizeram todas as manobras que puderam para não virem os militantes do continente – avisaram extremamente tarde (relembro que é preciso pagar um salário mínimo para cá vir) – proibiram representação por procuração ou qualquer outro meio, marcaram no Corvo de propósito para tornar o mais difícil possível a deslocação de vozes incómodas ao poder instalado”, acusou a dirigente. Lembrou novas demissões e abandono do partido de dirigentes na semana anterior ao congresso (Valdemar Almeida, primo do líder, e Maria do Amparo, sua ex-cunhada): “Da última direção, dois terços dos membros deixaram o partido, que se está a esvaziar porque os militantes que saem ou que são a voz incómoda, como eu, não se reveem e têm vergonha do que se passa ao nível nacional. Têm vergonha do que o Partido se tornou” e de que seja hoje “uma verdadeira anedota”. A prestação de Câmara Pereira na AD não escapou: “O presidente do partido fez com que o PPM fosse tratado na coligação de forma indigna, devido ao seu comportamento patético. Nem sequer foi convidado a discursar – Deus nos livre – ou sequer para a tomada de posse do governo nacional.” Por não ter “qualquer capacidade de apresentar uma única ideia ou, sequer, verbalizá-la”. Pereira foi ainda identificado como mero “fantoche” num partido dominado pelo vice-presidente açoriano Paulo Estêvão, secretário-regional no Governo dos Açores. A ex-dirigente considerou ainda que “o PPM não é suposto nem foi feito para ser um partido regional e um circo de um só palhaço ao nível nacional”.
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O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
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