O presidente do PSD destacou que Passos Coelho teve a coragem que dizer "não" a Ricardo Salgado em 2014, considerando que foi um "ato muito raro" na política portuguesa.
O presidente do PSD destacou hoje que Passos Coelho teve a coragem que dizer "não" a um homem "poderoso", devido à nega dada Ricardo Salgado em 2014, considerando que foi um "ato muito raro" na política portuguesa.
Rui Rio comentava os elogios feitos por militantes do PSD ao ex-presidente do partido Pedro Passos Coelho por o então primeiro-ministro ter recusado ajudar Ricardo Salgado em 2014, quando o banqueiro lhe foi pedir apoio para o BES através da Caixa Geral de Depósitos.
Em declarações aos jornalistas à margem de uma conferência promovida pela associação Youth Academy, em Vila Real, "muitos que fizeram elogios nem terão entendido bem a dimensão" do que, na altura, Passos fez.
"Porque eu ouço ligar isso à atual acusação dizendo que o então primeiro-ministro pegou num criminoso e evitou que o criminoso continuasse com o crime. Ora bom, se fosse isso que o doutor Passos Coelho tivesse feito não tinha valor praticamente nenhum, porque nós dizermos que não a um criminoso é a nossa obrigação", afirmou o líder do PSD.
E continuou: "o doutor Passos Coelho nem sabia se o doutor Ricardo Salgado era criminoso ou não, ainda hoje nós suspeitamos, mas não temos a situação transitada em julgado".
O que o então primeiro-ministro fez, na opinião de Rui Rio, "foi uma coisa completamente diferente, que as pessoas ainda nem conseguiram avaliar".
"Não foi travar um criminoso foi travar alguém que tinha muito poder, um poderoso, e aí é que reside o ato que ele e que eu próprio na altura elogiei e não me cansarei de elogiar", sublinhou.
E este foi, frisou, um ato que gosta "muito" e que condiz muito com a sua "própria maneira de ser", ou seja, "ele teve a coragem de dizer não a um poderoso, talvez ao maior poderoso do país",
"Não foi travar um criminoso, as pessoas ao elogiá-lo dessa forma até estão a desvalorizar o que ele próprio fez, não. Ele disse que não a alguém que era talvez a pessoa mais poderosa de Portugal. Se era criminoso ou não ninguém sabia e ainda hoje não o podemos afirmar assim", reiterou.
E é este a ato que deve, na sua opinião, ser "evidenciado e relevado".
"E é isto que é muito raro, muito raro, na política portuguesa, é ter a coragem de dizer que não a quem é poderoso, principalmente a quem era o mais poderoso, assim sim, estamos a valorizar aquilo que foi feito", frisou.
BES: Rui Rio elogia Passos Coelho por coragem de dizer não a um "poderoso"
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.