Catarina Martins voltou a insistir na necessidade de requisitar toda a capacidade hospitalar instalada no país, num dia em que Portugal voltou a bater recordes, com 218 mortos por covid-19.
A coordenadora do BE voltou hoje a apelar diretamente ao primeiro-ministro para que use a requisição civil para ajudar o SNS, criticando ainda a "hipocrisia" de quem tenta "atirar culpas" no momento mais grave da pandemia no país.
"Quando os privados depois de meses de negociação não são capazes de por a disponibilidade do estado sequer 10% da sua capacidade, se não é agora que os requisitamos, quando? Quando temos hospitais de campanha do SNS que não podem abrir porque não têm profissionais suficientes mas há profissionais e instalações no privado e não os requisitamos agora, senão agora, quando? Quando?", questionou a deputada.
Catarina Martins falava no plenário no primeiro debate do ano com o primeiro-ministro sobre política geral, na Assembleia da República, onde voltou a insistir na necessidade de requisitar toda a capacidade hospitalar instalada no país, num dia em que Portugal voltou a bater recordes, com 218 mortos por covid-19.
A bloquista argumentou ainda que "o que os privados estão a pôr ao serviço do país por acordo não chega a 8% da sua capacidade, são apenas 800 camas não covid e 80 camas covid", rematando para António Costa: "não chega senhor primeiro ministro, não chega".
Mas Catarina Martins abriu a sua intervenção, depois de o primeiro-ministro ter ouvido bastantes críticas do líder da bancada social-democrata, criticando a "hipocrisia" de quem tenta "atirar culpas".
"Tivemos divergências no vários momentos e a democracia não pára sobre o que fazer, mas é uma imensa hipocrisia tentarmos atirar culpas de um lado para o outro como se alguém aqui tivesse uma solução milagrosa para o que está a acontecer", atirou, reparo que mereceu reação por parte de alguns deputados do PSD.
Catarina Martins garantiu que é importante discutir divergências "mas o que a responsabilidade nos pede neste momento não é o passa culpas mas sim o debater as soluções".
BE insiste na requisição civil e critica "hipocrisia" de quem tenta "atirar culpas"
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