O Governo propôs que a comissão parlamentar de inquérito à empresa do primeiro-ministro tivesse 60 dias e não 90, mas o PS recusou. Moção de confiança acabou votada e chumbada.
A moção de confiança, votada esta terça-feira (11) em Parlamento, foi chumbada, o que significa que o País vai a eleições em maio, em data a definir. A votação obteve os votos contra do PS, Bloco de Esquerda, Chega, Livre e PCP.
Em declarações aos jornalistas, após a votação da moção de confiança, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, lamentou a queda do Governo e atribuiu as culpas ao PS.
"Tentámos tudo, mas mesmo tudo o que estava ao nosso alcance. O Partido Socialista manteve-se intransigente. O Partido Socialista não quer respostas. Quer que a situação de impasse se prolongue", considerou.
Os vários partidos políticos estiveram esta terça-feira reunidos no Parlamento, durante aproximadamente quatro horas, para discutir e votar uma moção de confiança - que foi chumbada. Durante este tempo, o Governo anunciou que estava disposto a retirar a moção de confiança, caso se se verificasse o encurtamento do prazo da Comissão Parlamentar de Inquérito. Tal não aconteceu.
O PS propôs uma Comissão Parlamentar de Inquérito de 90 dias, enquanto o Governo sugeriu uma comissão de 15 dias. Depois disso, durante a suspensão dos trabalhos, que ocorreu durante uma hora, o Governo propôs um novo prazo (60 dias) - até ao final de maio – mas tal proposta também foi recusada pelo PS.
"Lamento muito o que aconteceu no Parlamento", começou por dizer o secretário-geral do PS após a votação da moção de confiança. "Foi uma vergonha. A verdade não tem tempo."
A tarde desta terça-feira ficou ainda marcada pela tentativa de suspensão da moção de confiança, durante 30 minutos. O PSD propôs uma reunião à porta fechada com o PS – encontro este que acabou recusado pelo mesmo e por alguns partidos.
Luís Montenegro sugeriu também colocar um fim à moção de confiança caso Pedro Nuno Santos clarificasse o que pretende saber sobre a empresa Spinumviva. O secretário-geral do PS acabou por não colocar nenhuma questão.
Apesar de o Governo considerar que fez tudo o que estava ao seu alcance, a verdade é que Pedro Nuno Santos já havia deixado claro, no arranque do debate, e em entrevistas anteriores, que não viabilizaria uma moção de confiança.
"Esta crise é da responsabilidade do primeiro-ministro e nós dissemos que nunca aceitaríamos viabilizar uma moção de confiança. Se votaríamos contra a moção de confiança, em janeiro, hoje temos mais razões para chumbar a moção de confiança."
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.