Pedro Nuno Santos voltou a garantir que a atitude de Luís Montenegro foi "cobarde".
O secretário-geral do partido socialista, Pedro Nuno Santos, foi, esta quarta-feira, entrevistado no 'Grande Jornal' da CMTV, um dia após a moção de confiança ao Governo liderado por Luís Montenegro ter sido chumbada no Parlamento.Pedro Nuno Santos voltou a garantir que a atitude de Luís Montenegro foi "cobarde" e que o primeiro-ministro tentou usar a moção de confiança para tentar que o partido socialista retirasse a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
"O Governo tentou usar a moção de confiança como chantagem", asseverou o socialista, acrescentando "não entrar em manobras e jogos".
"Não estávamos a discutir a comissão de inquérito", frisou o socialista que voltou a referir que a moção de confiança apresentada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, tinha chumbo anunciado. Pedro Nuno Santos disse que o PS indicou no dia 10 de março que não votava a favor de moções de confiança.
"As eleições são da responsabilidade de quem apresentou a moção de confiança", afirmou. Em entrevista à CMTV, o secretário-geral da oposição a Montenegro garantiu que a CPI foi uma forma de o partido "dar todas as condições para o executivo governar, de forma a dissipar qualquer dúvida que pudesse existir".
Pedro Nuno Santos voltou, uma vez mais, a afirmar que o País não pode ter um "primeiro-ministro em funções com um manto de desconfianças sobre si". O socialista garante "ser muito importante apurar a verdade" sobre a Spinumviva, empresa familiar de Montenegro, e respetiva participação do primeiro-ministro.
"O trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito não tem nada que ver com a questão judicial", respondeu quando questionado sobre a possibilidade de Montenegro ser constituído arguido. Recorde-se que esta quarta-feira, a Procuradoria-Geral da República anunciou que encontra-se a desenvolver uma averiguação preventiva sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, a Spinumviva.
Sobre uma eventual vitória nas eleições antecipadas, o socialista reforçou a crise política vivida no País e a necessidade do partido "conseguir o melhor resultado possível para governar com estabilidade".
"O PS vai fazer a sua campanha e ganhar a confiança dos portugueses", garantiu o político, acrescentando que a população perdeu confiança no desempenho de Luís Montenegro, segundo as sondagens."Estou a trabalhar no cenário da vitória. A direita em Portugal é uma confusão, isso comprovou-se em menos de um ano", rematou.
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