A partir de julho/agosto, será necessário um dístico para aceder à nova Zona de Emissões Reduzidas (ZER) Avenidas/Baixa-Chiado e, no caso dos residentes, estacionar à superfície.
Os representantes dostaxistasconsideraram esta segunda-feira que as alterações à circulação do trânsito na zona da Baixa-Chiado, em Lisboa, poderão beneficiar os táxis, com a federação nacional a reivindicar um contingente para os veículos geridos pelas plataformas eletrónicas (TVDE). Em declarações à agência Lusa, o presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), Carlos Ramos, afirmou que "não vê com maus olhos as alterações".
Para Carlos Ramos, a medida anunciada pela Câmara Municipal de Lisboa em 31 de janeiro - a criação de uma zona de emissões reduzidas com acesso restrito - beneficia os táxis numa primeira fase, uma vez que os TVDE (operadores de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica) só podem circular se forem elétricos.
"Favorece numa fase inicial pela questão de os carros das plataformas só poderem circular naquela zona desde que sejam elétricos", referiu o dirigente.Numa segunda fase, porém, Carlos Ramos admitiu que a circulação de TVDE poderá prejudicar a atividade dos taxistas, uma vez que não têm "contingente e, no limite, podem circular seis ou sete mil, enquanto os táxis têm um contingente de três mil viaturas".
A contingentação dos TVDE tem sido, aliás, uma das reivindicações do setor do táxi desde que as plataformas começaram a operar em Portugal. Por seu lado, o presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida, observou que se trata de uma medida salutar para o táxi. "Acho que é benéfica, porque vai permitir uma maior circulação para os táxis e, ao mesmo tempo, se calhar, mais algum serviço, porque as pessoas não podem levar os seus carros particulares", apontou Florêncio Almeida.
A partir de julho/agosto, será necessário um dístico para aceder à nova Zona de Emissões Reduzidas (ZER) Avenidas/Baixa-Chiado e, no caso dos residentes, estacionar à superfície. À Lusa, o presidente da ANTRAL assinalou que as pessoas vão começar a procurar mais o táxi para se deslocarem à Baixa lisboeta, admitindo que são os comerciantes que se vão sentir mais prejudicados.
"Acho que é prejudicial para os comerciantes que têm o seu negócio na Baixa. As pessoas, não levando o seu carro, não se deslocarão com tanta facilidade e procurarão os outros lugares", indicou. Florêncio Almeida acrescentou que as pessoas "vão utilizar mais o táxi" se forem sem o carro particular para o centro da capital.
A nova ZER prevê que o trânsito automóvel nessa área passe a ser exclusivo para residentes, portadores de dístico e veículos autorizados, entre as 06:30 e as 00:00, a partir do verão. A ZER abrange parte das freguesias de Santa Maria Maior, Misericórdia e Santo António, sendo delimitada a norte pela Calçada da Glória, Praça dos Restauradores e Praça do Martim Moniz, e a sul pelo eixo formado pelo Cais do Sodré, Rua Ribeira das Naus, Praça do Comércio e Rua da Alfândega.
Esta zona é delimitada a nascente pela Rua do Arco do Marquês de Alegrete, Rua da Madalena e Campo das Cebolas, e a poente pela Rua do Alecrim, Rua da Misericórdia, Rua Nova da Trindade e Rua de São Pedro de Alcântara.
Alterações à circulação do trânsito em Lisboa podem favorecer táxis
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.