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Trabalhadores não docentes em greve com expectativa de encerrar maioria das escolas

Lusa 04 de outubro de 2024 às 07:11
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A greve será marcada por uma manifestação em Lisboa, com a concentração agendada para as 14h30 junto à Basílica da Estrela, para uma marcha até ao edifício do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que funciona junto à Avenida 24 de Julho.

Os trabalhadores não docentes realizam esta sexta-feira uma greve nacional por melhores condições, convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) que antecipa o encerramento da maioria das escolas.

A greve será marcada por uma manifestação em Lisboa, com a concentração agendada para as 14h30 junto à Basílica da Estrela, para uma marcha até ao edifício do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que funciona junto à Avenida 24 de Julho.

Os trabalhadores não docentes exigem a criação de carreiras especiais, aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

Na quarta-feira, Artur Sequeira, dirigente do FNSTFPS, antecipou uma greve muito participada, que levará ao encerramento da maioria das escolas, mantendo-se abertas apenas uma minoria que não conseguirá garantir a segurança dos alunos.

A FNSTFPS também pede uma revisão da portaria de rácios que aumente o número de trabalhadores, defendendo que é preciso desenhar uma portaria que "não seja baseada em princípios economicistas mas sim em números reais para que a escola pública possa ser de qualidade".

O fim da precariedade e um reverso no processo de municipalização são lutas dos trabalhadores, que lembram que "neste momento, a escola pública tem uma leitura de 297 municípios, em que cada um vê a escola à sua maneira", além de as escolas estarem dependentes do orçamento das autarquias: "As que têm muito dinheiro podem fazer algumas coisas, mas depois há outras que não podem", alertou.

Na sequência do processo de descentralização, os trabalhadores não docentes passaram a ser contratados pelas autarquias, mas o próprio ministro da educação já defendeu a necessidade de repensar a situação desses profissionais.

Numa carta enviada aos não docentes no início do ano letivo, Fernando Alexandre referia que o seu ministério iniciará trabalhos com a Associação Nacional de Municípios Portugueses e com representantes sindicais.

JOSÉ SENA GOULÃO/ LUSA_EPA
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