Neonazi foi interrogado por um juiz de instrução e vai pernoitar de novo no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária.
O antigo dirigente de extrema-direita Mário Machado conhece as medidas de coação na sexta-feira de manhã, depois de ter sido inquirido hoje por um juiz de instrução criminal, disse à Lusa o seu advogado.
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José Manuel Castro referiu que Mário Machado não se remeteu ao silêncio e respondeu às perguntas do juiz, tendo o interrogatório durado cerca de duas horas.
O nacionalista vai hoje novamente pernoitar no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária (PJ) e pelas 09:30 de sexta-feira tomará conhecimento das medidas de coação no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
José Manuel Castro não quis revelar qual a medida de coação já proposta pelo Ministério Público, nem precisar quais os eventuais novos factos imputados ao arguido.
Mário Machado foi detido na terça-feira em flagrante delito, em casa, por posse ilegal de arma, disse à agência Lusa fonte policial.
A mesma fonte acrescentou que a detenção aconteceu durante uma busca realizada à casa de Mário Machado, em Santo António dos Cavaleiros (Loures), no âmbito de uma investigação da Polícia Judiciária por suspeitas de crimes de ódio e incitamento à violência através de comentários feitos na internet.
Mário Machado, 44 anos, esteve ligado a diversas organizações de extrema-direita, como o Movimento de Ação Nacional, a Irmandade Ariana e o Portugal Hammerskins, a ramificação portuguesa da Hammerskin Nation, um dos principais grupos neonazis e supremacistas brancos dos Estados Unidos da América. Fundou também os movimentos Frente Nacional e Nova Ordem Social (NOS), que liderou de 2014 até 2019.
O nacionalista tem também um registo criminal marcado por várias condenações, entre as quais a sentença, em 1997, a quatro anos e três meses de prisão pelo envolvimento na morte, por um grupo de ‘skinheads’, do português de origem cabo-verdiana Alcino Monteiro na noite de 10 de junho de 1995.
Tem ainda uma outra condenação de 10 anos, fixada em 2012 por cúmulo jurídico na sequência de condenações a prisão efetiva em três processos, que incluíam os crimes de discriminação racial, ofensa à integridade física qualificada, difamação, ameaça e coação a uma procuradora da República e posse de arma de fogo.
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