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Deputada mais nova tem 20 anos. Conheça os três eleitos mais novos e mais velhos

Andreia Antunes 12 de março de 2024 às 19:05

Nas legislativas de domingo foram eleitos nove deputados abaixo dos 30 anos. Do lado oposto, os mais velhos têm mais de 70 anos.

No domingo foram eleitos nove jovens abaixo dos 30 anos, menos três nesta faixa etária do que nas eleições de 2022. Nessas eleições, a deputada mais nova era Rita Matias, que tinha 22 anos quando se candidatou pelo Chega. Este ano, esse lugar mantém-se no partido, mas passou para Madalena Cordeiro de 20 anos. 

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Foto: NUNO VEIGA/LUSA
Foto: DIREITOS RESERVADOS
Eva Brás Pinho
Foto: evabraspinho/Instagram
Madalena Cordeiro
Foto: madalena.scordeiro/Instagram
Foto: Pedro Catarino/Medialivre
Foto: Vítor Mota/Medialivre

Do lado dos deputados mais velhos da Assembleia da República, três estão na casa dos 70 anos.

Os mais novos

Madalena Cordeiro, 20 anos
Madalena Simões Cordeiro é a deputada mais nova eleita para a Assembleia da República. A jovem de 20 anos é natural da Vila Viçosa, em Évora, e está a tirar a licenciatura em Direito na Universidade Católica.

Atualmente também faz parte da Direção Nacional da Juventude do Chega, tendo sido eleita nestas eleições legislativas pelo círculo de Lisboa. Madalena Cordeiro passou a ser a deputada mais nova eleita pelo Chega, sendo que anteriormente o lugar pertencia a Rita Matias, agora com 25 anos.

Eva Brás Pinho, 24 anos
Eva Brás Pinho entrou pela primeira vez no Parlamento nestas legislativas, juntando-se à bancada do PSD. Eleita no círculo eleitoral de Lisboa, é deputada municipal em Cascais e suplente da Comissão Política Nacional da JSD, desde 2021. Eva Pinho já esteve nas listas do partido em 2019, mas não foi eleita.

É jurista e advogada estagiária na Sociedade de Advogados Morais Leitão desde 2022, onde integra o departamento de direito público, urbanismo e ambiente. Atualmente prepara a sua admissão na Ordem dos Advogados.

Licenciada em Direito na Faculdade de Direito da Universidade Católica em 2021, e mestre em Lei Transnacional e LL.M em Law in an European and Global Context pela mesma universidade.

Realizou um estágio de curta duração na Gama Glória, Campos Ferreira, Sá Carneiro & Associados e na Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, onde integrou a equipa da corporate.

A nova deputada defende que as mulheres têm de estar mais representadas no direito e na política, e acredita que "todos os temas são de juventude".

Rita Matias, 25 anos
Rita Maria Matias já é uma das figuras mais conhecidas do Chega, sendo uma das figuras do partido mais próximas de André Ventura. Foi a deputada mais nova na Assembleia da República nas legislativas de 2022, voltando agora para o parlamento nestas legislativas, mas desta vez será a colega de bancada Madalena Cordeiro a mais nova.

Natural de Setúbal, a deputada é licenciada em Ciência Política no ISCTE e mestre em Ciência Política e Relações Internacionais na Nova FCSH. É atualmente a cabeça da lista de Setúbal e adjunta da Direção Nacional do Partido e coordenadora da Juventude do Chega.

Rita Matias refere-se maioritariamente contra a "ideologia de género", o "feminismo radical" e a "imigração massiva".

Os mais velhos

Diogo Pacheco Amorim, 75 anos
Diogo Pacheco Amorim é um dos atuais deputados do Chega tendo sido eleito no círculo do Porto. É o vogal da Direção Nacional do partido, coordenador da Comissão Política Nacional e responsável pelo Departamento das Comunidades Portuguesas. No seu passado político esteve ligado ao Governo da Aliança Democrática, foi chefe do gabinete do grupo parlamentar do CDS-PP entre 1995 e 1997, e fundador do Partido Nova Democracia.

É licenciado em filosofia pela Universidade de Coimbra, define-se como "conservador liberal". A sua vida profissional foi jornalista, colunista, professor universitário, consultor em gestão imobiliária e gestor de empresas.

Antes de militar no Chega fez parte do Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), organização que tentava travar o crescimento do PCP. Fez também parte do Movimento para a Independência e Reconstrução Nacional, um partido nacionalista e associado à extrema-direita, que já foi dissolvido.

Após fazer parte do CDS e da Nova Democracia, juntou-se ao Chega, onde é atualmente deputado, e o mais velho do Parlamento.

Edite de Fátima Santos Marreiros Estrela, 74 anos
Natural de Belver, Carrazeda de Ansiães, Edite Estrela é deputada do PS. Licenciou-se em Filologia Clássica, na Faculdade de Letras da Universidade Clássica, e é mestre em Comunicação Social na Universidade Nova.

Foi professora de Língua e Literatura Portuguesa entre 1973 e 1986, e vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores entre 1988 e 1994.

Desde 1993 é dirigente do PS, tendo sido eleita deputada do círculo de Lisboa pela primeira vez em 1987. No parlamento foi vice-presidente da Comissão Parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, presidente da Subcomissão de Cultura e presidente da Comissão Parlamentar para a cooperação Portugal-Brasil.

Do seu percurso político faz ainda parte os mandatos como presidente da Câmara Municipal de Sintra entre 1993 e 2001, e a vice-presidência da Área Metropolitana de Lisboa entre 1995 e 2002. Entre 2004 e 2014 foi deputada do Parlamento Europeu, onde também foi presidente da comissão dos direitos das mulheres e igualdade de género, e presidente da delegação dos eurodeputados socialistas de 2005 a 2014.

Regressou ao parlamento nacional em 2015, onde era presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, presidente do Conselho de Fundadores da Fundação Res Publica, membro da Comissão Permanente do PS, presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-México e membro da Comissão Política do PS desde 1983.

Eduardo Oliveira e Sousa, 70 anos
Engenheiro agrónomo, empresário agrícola e florestal na região do Ribatejo, antigo presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, Eduardo Oliveira e Sousa foi eleito pela Aliança Democrática pelo círculo de Santarém.

Licenciou-se no Instituto Superior de Agronomia, foi diretor agrícola da Estação Zootécnica Nacional entre 1979 e 1983. Entre 1983 e 2013, foi também diretor da Associação de Regantes e Beneficiários do Vale do Sorraia, professor assistente de agricultura geral e máquinas agrícolas e de pastagens e forragens na Escola Superior Agrária de Santarém, entre 1981 a 1984, diretor agrícola da Sucral entre 1986 e 1989, e vogal do Conselho Nacional da Água, entre 1996 e 2007.

Entre 1994 a 2014 foi presidente da direção da Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade, secretário da assembleia geral do Clube Português de Monteiros - Associação Nacional de Caça Maior – e vogal da Associação dos Produtores Florestais de Coruche e Limítrofes.

Nestas legislativas foi cabeça da lista da AD em Santarém, com o objetivo de "representar os agricultores e defender a agricultura nacional com conhecimento de causa e o sentido de missão", sendo que desta forma "os agricultores vão ter uma voz ativa no Parlamento", segundo a CAP.

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