Sábado – Pense por si

João Camargo
João Camargo Investigador de alterações climáticas
17 de janeiro de 2017 às 18:59

Almaraz Nuclear: não comer nem calar

A batalha mediática à volta de Almaraz revela governantes fracos, governos sujeitos à vontade de poderosas empresas de energia e, acima de tudo, uma gigantesca ameaça sob as populações de dois países

A batalha mediática à volta de Almaraz revela governantes fracos, governos sujeitos à vontade de poderosas empresas de energia e, acima de tudo, uma gigantesca ameaça sob as populações de dois países. A bomba-relógio atómica que é Almaraz, com as suas centenas de falhas ao longo dos anos, já ultrapassou em 6 anos o seu prazo de validade e está agora ameaçada de prolongamento (e com ela todos nós), durante pelo menos mais uma década. A construção de um aterro nuclear na central, feito à revelia da lei e representando o desprezo total com que o governo espanhol tratou o governo português, é a materialização da continuação da central nuclear em funcionamento. O governo português ensaiou uma resposta que foi apenas a preparação para comer e calar. Mas nós não podemos aceitá-lo. E hoje mesmo a central teve uma nova falha.

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