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Sem novembro de 1975 não haveria abril de 1974 para comemorar, porque o Portugal sonhado teria sido condenado à penúria, à fricção e ao radicalismo, caso vingasse um regime totalitário comunista.
A minha geração é herdeira de um passado que respeitamos e admiramos. A história sempre nos mostrou o papel único e indelével do 25 de abril de 1974 no caminho para a fundação da democracia em Portugal. Mas, falar em 25 de abril sem destacar o 25 de novembro de 1975 é uma adulteração histórica que se tem perpetuado ao longo dos anos. Até que, o Parlamento aprovou - neste ano simbólico - a sua celebração.
Sem novembro de 1975 não haveria abril de 1974 para comemorar, porque o Portugal sonhado teria sido condenado à penúria, à fricção e ao radicalismo, caso vingasse um regime totalitário comunista. E, mesmo assim, o 25 de novembro ainda é muito falado entredentes e com receio, como se receio houvesse de algum momento da história que possibilitou que esteja, neste espaço, a expressar em plenitude a minha opinião sobre este tema.
Infelizmente, a falta de conhecimento histórico é grande, o que está relacionado com a responsabilidade da educação e a forma como poderia ser ensinado na escola. No meu tempo e na minha experiência pela escola faltou aprofundar e contextualizar que o Muro de Berlim foi construído para evitar a fuga da população de um dos lados da Alemanha, pelos diferentes níveis de desenvolvimento, liberdades e formas de vida entre os dois lados. Estas razões, tão pouco exploradas, lembram-me o esquecimento a que é deixado o 25 de novembro.
Confesso que só anos mais tarde me apercebi da importância do 25 de novembro para o Portugal democrático e livre em que vivemos. As páginas dos livros de História terminavam com os cravos de abril e as referências aos Presidentes da República. Porém, o 25 de novembro era banido. Os mais novos são, assim, influenciados pelo revisionismo histórico crivado com a curadoria dos programas de História, que muitas vezes não é estudada para lá do nono ano.
Os perigos atribuídos a soluções de extrema direita são reais e devemos estar vigilantes e mobilizados contra os seus riscos. Mas, ao mesmo tempo, a história deve recordar-nos que as soluções de extrema esquerda são igualmente radicais, totalitárias e brutais. Ainda hoje, de cada vez que um partido político não condene, no Parlamento Português ou no Parlamento Europeu, a invasão da Rússia à Ucrânia, num qualquer revisionismo histórico de saudade soviética, devemos ter a coragem de levantar a voz. Esta semana, um grupo de soldados ucranianos feridos de guerra esteve na Assembleia da República e recebeu uma ovação de pé de todas as bancadas, com a exceção de um grupo parlamentar que ficou gélido, sentado e sem bater uma única palma à bravura do povo ucraniano.
Quando as democracias liberais são contestadas e forças à esquerda e à direita atentam às liberdades individuais e coletivas que fomos alcançando, devemos evocar os acontecimentos históricos porque nos ensinam, alertam e confrontam. A história não pode ser manipulada, nem usada como arma política ou em função de conveniências. Numa época de rapidez e mensagens simplistas, urge reavivar a história. Porque a nossa democracia, ainda que madura, é frágil e a sua defesa não é um exercício simples.
Acredito que a hipnocracia, ao criar imaginários coletivos, pode beneficiar ou boicotar uma governação e influenciar eleições, sempre com consequências destrutivas para as instituições democráticas.
A imigração é uma das áreas que mais preocupação e polarização ocupa no debate público e político, sendo instrumentalizada pelos extremos à direita e à esquerda, por quem quer culpar os imigrantes por tudo e por quem quer ignorar que os imigrantes têm direitos e deveres.
Os centros públicos de Procriação Medicamente Assistida são 10, um número inferior aos 18 centros privados, e a resposta pública é inexistente no Alentejo e no Algarve.
O relatório "O consumidor de comunicações eletrónicas" da ANACOM mostra que 20% dos portugueses entre os 55 e os 64 anos nunca acedeu à internet e que o valor ascende aos 42% entre os 65 e os 74 anos, enquanto a média europeia é de 8% e 22%, respetivamente.
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A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"