Sábado – Pense por si

Ana Gabriela Cabilhas
Ana Gabriela Cabilhas Nutricionista e deputada do PSD
29 de dezembro de 2024 às 17:24

(Mais um) Feliz Ano Novo

Uma das marcas do ano que agora termina é a juventude no centro do debate público e político e, mais importante, no centro da ação governativa

Durante demasiado tempo, em Portugal, não vivemos um ano realmente novo. O Ano Novo era apenas o ano seguinte, mais um na contagem do tempo, sem nada de diferente que refletisse a essência da expressão "Feliz Ano Novo". Há precisamente um ano, os jovens questionavam-se se 2024 seria um novo ano, um novo ciclo, uma nova fase para as novas gerações ou se seria mais do mesmo, com um País mais triste, estagnado e resignado a cada ano. 

Em março de 2024, os portugueses optaram pela mudança e a Aliança Democrática foi a primeira escolha dos jovens portugueses. Luís Montenegro elegeu como prioridade os filhos de Portugal, porque o País não foi capaz de fixar os seus jovens cá. Começou aí um novo ano.

Primeiro assistimos à mudança na orgânica, com a criação do Ministério da Juventude e Modernização. Depois, a mudança de políticas consubstanciada numa estratégia integrada, abrangente e transversal às várias governativas, e orientada para a previsibilidade e a simplicidade das medidas. Por um lado, dando maior segurança aos jovens para planearem o seu futuro e, por outro lado, garantindo que há um primeiro conjunto de respostas que estão a ter impacto imediato e direto na vida dos jovens. Sem margem para dúvidas, o Orçamento do Estado para 2025 é o maior incentivo da última década para que os jovens fiquem em Portugal, onde se destacam o IRS Jovem duradouro e a isenção de IMT e imposto do selo na compra da primeira habitação. A tutela está com o dinamismo, a energia e o ritmo característicos da própria juventude, porque bem se sabe que há muito para fazer em Portugal. 

Recentemente, a Ministra da Juventude e Modernização anunciou a Agenda Nacional para a Juventude. Espera-se que seja um compromisso tangível e quantificável com as novas gerações, contrastando com o II Plano Nacional para a Juventude do Partido Socialista, e que reestruture a atividade do Instituto Português do Desporto e Juventude, tornando-o próximo, útil e reconhecido pelo seu público-alvo.

O II Plano Nacional para a Juventude foi mais um exercício de autoelogio e de entretenimento político do PS, sem instrumentos na administração pública capazes de responder às mudanças geracionais. Este plano contemplou mais de 400 medidas que foram, na verdade, um vazio, sem respostas e sem resultados. Qual foi a taxa de execução? Que acompanhamento e monitorização foram feitos? Qual o impacto das medidas apresentadas? Posso antecipar as respostas. O resultado foi a sangria de talento para o exterior. Por isso, os jovens precisam exatamente do oposto, de uma Agenda Nacional de Esperança, que concretize novas ideias, novas liberdades, uma nova ambição geracional.

Uma das marcas do ano que agora termina é a juventude no centro do debate público e político e, mais importante, no centro da ação governativa. 2024 foi um ano realmente novo, renovado, com ambição e mudança. 2024 foi diferente e marcou a diferença. Por tudo isto, os jovens estão com grandes expectativas para 2025, que é o mesmo que dizer que a juventude quer que este Governo continue a abraçar as suas aspirações, a resolver os problemas reais e a resistir à prova do tempo. Entramos em 2025 com esperança e confiança no futuro. (Mais um) Feliz Ano Novo!

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