A tendência que eu consigo vislumbrar é uma geração sem perspetiva de viver melhor do que os seus pais. É esta tendência que urge inverter. Começou com a mudança de orgânica e seguem-se as mudanças de políticas.
Luís Montenegro não se conforma com a saída de jovens para o estrangeiro. Na campanha eleitoral, elegeu os filhos de Portugal como prioridade política da Aliança Democrática. A criação do Ministério da Juventude e Modernização é um claro sinal político deste seu compromisso sério. O Primeiro Ministro recusou-se a dar aos jovens um lugar de invisibilidade e irrelevância, atribuindo-lhes a merecida atenção. Acredito que foi esta sensibilidade que conquistou o voto de confiança dos jovens portugueses.
A necessidade deste jovem Ministério é inequívoca. Primeiro, porque a realidade mostra que cerca de um em cada três jovens emigrou, o que se traduz num flagelo familiar, social e económico. Segundo, porque o primeiro é justificado pelo comportamento assumido pelos sucessivos Governos socialistas que acenaram com medidas avulsas e desarticuladas, e que assobiaram para o lado perante os problemas estruturais. Os jovens portugueses não têm estabilidade, nem segurança financeira, muito menos previsibilidade. Resistem ao dia a dia, sem conseguirem planear o seu futuro.
Ainda assim, há quem julgue que os jovens não precisam de um ministério, ou que tal não passa de fogo de vista, de uma estratégia de sedução ou até de uma moda. A tendência que eu consigo vislumbrar é uma geração sem perspetiva de viver melhor do que os seus pais. É esta tendência que urge inverter. Começou com a mudança de orgânica e seguem-se as mudanças de políticas, pois a disposição das pastas ministeriais não é apenas simbólica, vai além disso.
O Governo quer aplicar o IRS Jovem, de forma duradoura e estrutural, e permitir que os jovens acedam à compra da primeira casa, através da isenção de IMT e Imposto de Selo, e da garantia pública para viabilizar o financiamento bancário da totalidade do preço de aquisição. Mas as políticas públicas não ficarão por aqui, abrangendo diversas áreas: da educação à cultura, da saúde e desporto à natalidade, da habitação ao emprego, dos transportes ao ambiente, sem esquecer os serviços desburocratizados e amigos do cidadão.
O Ministério da Juventude, por certo, permitirá desenvolver uma verdadeira política integrada de juventude, que coloque os recursos tendo em vista o desenvolvimento holístico dos jovens, incentivando-os a progredir no conhecimento, a aprender a fazer melhor, por via do ensino profissional, ou a saber mais no ensino superior, ao mesmo tempo que cria condições para o início da sua emancipação, num processo contínuo, com entrada no mercado de trabalho, e garantindo condições para que possam sair de casa dos pais e começar a sua vida daí para a frente. Aliás, o Primeiro Ministro no discurso da sua posse afirmou "Precisamos de atuar de forma conjugada e transversal (...)". É esta a minha expectativa em relação ao impulso que esta nova pasta augura trazer, com os jovens sentados na mesa do Conselho de Ministros.
Com esta decisão, a democracia sai rejuvenescida e refrescada: a protagonista a tutelar a pasta é uma mulher jovem com provas dadas, o que reforça a direção certa: dar lugar às novas gerações nas cadeiras da tomada de decisão, pois são elas que estão mais conscientes da realidade dos seus pares e que sabem o que outros jovens pensam, como vivem e se relacionam.
O meu compromisso é o de incentivar e promover iniciativas legislativas em prol da juventude e o de fiscalizar o Ministério da Juventude e Modernização, sempre comprometida com a defesa dos direitos das novas gerações e com uma agenda ambiciosa para a melhoria das suas condições de vida. Sei que, para muitos jovens, esta é a última esperança para concretizarem os seus projetos de vida em Portugal. Mais do que nunca, os jovens precisam de quem os represente na Casa da Democracia. De tudo farei para não falhar aos jovens portugueses.
Acredito que a hipnocracia, ao criar imaginários coletivos, pode beneficiar ou boicotar uma governação e influenciar eleições, sempre com consequências destrutivas para as instituições democráticas.
A imigração é uma das áreas que mais preocupação e polarização ocupa no debate público e político, sendo instrumentalizada pelos extremos à direita e à esquerda, por quem quer culpar os imigrantes por tudo e por quem quer ignorar que os imigrantes têm direitos e deveres.
Os centros públicos de Procriação Medicamente Assistida são 10, um número inferior aos 18 centros privados, e a resposta pública é inexistente no Alentejo e no Algarve.
O relatório "O consumidor de comunicações eletrónicas" da ANACOM mostra que 20% dos portugueses entre os 55 e os 64 anos nunca acedeu à internet e que o valor ascende aos 42% entre os 65 e os 74 anos, enquanto a média europeia é de 8% e 22%, respetivamente.
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O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
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