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Zelensky irá a Washington para que ajuda dos EUA não pare

O presidente ucraniano vai viajar para assinar um acordo com Trump. Em troca, Zelensky espera que os EUA deem garantias de segurança no caso de uma invasão russa.

Volodymyr Zelensky vai encontrar-se com Donald Trump na Casa Branca na sexta-feira, 28, para assegurar que a ajuda norte-americana à Ucrânia não para. "Vou encontrar-me com o presidente Trump", afirmou. "Para mim e para todos nós no mundo, é importante que a ajuda norte-americana não pare. A força é necessária no caminho rumo à paz."

REUTERS/Shannon Stapleton/File Photo

A Ucrânia disse esta quarta-feira (26) estar pronta para aprovar em Washington o acordo com os Estados Unidos sobre a exploração de minerais raros, contudo, garante que o sucesso deste irá depender única e exclusivamente das conversações com o presidente Donald Trump. 

"Este acordo pode ser um ótimo sucesso, mas esse grande sucesso depende das nossas conversações com o presidente Trump", garantiu o presidente ucraniano. 

Para quinta-feira (27) está prevista a continuação das conversações entre os EUA e a Rússia. Já na sexta-feira deverá ser a vez de Volodymyr Zelensky se deslocar até Washington para assinar um acordo de exploração de minerais com Trump. O presidente ucraniano espera que destas negociações possam sair garantias de segurança por parte dos EUA, uma vez que a Ucrânia teme ataques russos durante um possível acordo de paz.

Além disso, Zelensky frisou que o mais importante é que o acordo não coloque a Ucrânia como uma devedora, que teria de pagar centenas de milhares de milhões de dólares por assistência militar norte-americana a que recorreu no passado. Esta possibilidade já havia sido levantada anteriormente por Donald Trump, que exigia à Ucrânia o pagamento de 500 mil dólares (cerca de 475 mil milhões de euros).

Na terça-feira, o republicano já havia confirmado a intenção do seu homólogo ucraniano em viajar até Washington para assinar um "grande acordo". Já na segunda-feira, Trump afirmou que "dentro de uma semana não haverá mais guerra". Estas declarações foram proferidas durante um encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron.

Este acordo, que estabelece que Kiev deve fornecer minerais aos EUA em troca de ajuda financeira e militar, seria essencial para que os ucranianos obtivessem o apoio de Donald Trump.

O governo ucraniano também aprovou o acordo. "Hoje, o governo aprovou uma decisão necessária para a assinatura entre a Ucrânia e os EUA de um acordo para ser criado um fundo de investimento de reconstrução", indicou Denys Shmyhal, o primeiro-ministro da Ucrânia. 

Porém, apesar de estarem a ser dados vários sinais numa tentativa de encontrar a paz, a verdade é que Trump tem sido um forte crítico de Zelensky.

O norte-americano chegou a chamar Zelensky de "ditador". Além disso, soube-se também que realizou reuniões com o presidente russo Vladimir Putin, para alcançar a paz na Ucrânia, sem a presença do mesmo.

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