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Von der Leyen pede a líderes decisões para deportar migrantes irregulares com "eficácia e simplificação"

Lusa 12:51
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A proposta para o sistema europeu comum de retornos "põe uma grande ênfase na eficácia e na simplificação dos processos, incluindo o reconhecimento em toda a UE das decisões de retornos". Proposta vai ser abordada na cimeira de quinta-feira.

A presidente da Comissão Europeia defendeu esta terça-feira, junto do Conselho Europeu, que a proposta para deportar cidadãos estrangeiros vai levar à "eficácia e simplificação" dos processos de pessoas proibidas de permanecer nos países da União.

Ursula von der Leyen defende deportação de migrantes irregulares na UE
Ursula von der Leyen defende deportação de migrantes irregulares na UE AP Photo/Darko Bandic

De acordo com uma carta endereçada por Ursula von der Leyen a cada um dos representantes políticos dos países da União Europeia (UE) no Conselho Europeu, a proposta para o "sistema europeu comum de retornos", ou seja, o sistema para deportar cidadãos estrangeiros sem permissão para estar no território da UE, "põe uma grande ênfase na eficácia e na simplificação dos processos, incluindo o reconhecimento em toda a UE das decisões de retornos".

A presidente do executivo comunitário acrescentou que esta proposta, que vai ser abordada na cimeira de quinta-feira, presidida pelo antigo primeiro-ministro português António Costa, em Bruxelas (Bélgica), também vai criar "uma base legal para a possibilidade de utilizar plataformas de retornos" -- instalações para deter pessoas estrangeiras com permissão indeferida ou revogada para permanecer em países da UE e que vão ser deportadas.

"Precisamos de avançar com celeridade e chegar a um acordo que dê resultados tangíveis, permitindo-nos fazer melhor no que diz respeito à rapidez, eficácia e dignidade para fazer regressar os que não têm direito a estar na UE em linha com os nossos valores e a lei internacional", sustentou Ursula von der Leyen na missiva enviada.

O "Pacto para o Mediterrâneo", um conjunto de intenções apresentando em 16 de outubro pela Comissão Europeia para aumentar a cooperação com os países da UE e estrangeiros que partilham o Mar Mediterrâneo, vai criar "uma parceria centrada na copropriedade, corresponsabilidade e criação conjunta" de regras, incluindo em matéria de migrações.

Ursula von der Leyen apresentou a cada país do bloco político-económico europeu o trabalho que a Comissão Europeia fez em paralelo com o Pacto das Migrações, nomeadamente o reforço das parcerias políticas e comerciais com a Tunísia, Egito e Jordânia, Marrocos, Senegal e Mauritânia.

A presidente da Comissão Europeia disse ainda que é necessário debelar o flagelo do "tráfico de migrantes", que "continua a ser de grande preocupação" e que está a associado a outras atividades criminosas, como o branqueamento de capitais, corrupção e tráfico de drogas, pedindo também um reforço da cooperação entre Estados-membros.

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