A ajuda humanitária que chega agora a Gaza passa, quase totalmente, pelo cais flutuante dos Estados Unidos.
A agência de ajuda humanitária da ONU para os refugiados palestinianos, a principal fonte de ajuda humanitária em Gaza, afirmou que as autoridades israelitas a impedem com frequência de entregar ajuda e dificultam propositadamente as suas operações no território.
REUTERS/Hatem Khaled
"Estamos a obter muito poucas respostas positivas aos nossos pedidos de entrega de ajuda e de autorizações para circular em Gaza", afirmou Tamara Alrifai, diretora das relações internacionais da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).
Segundo Alrifai a organizão tenta manter contacto com o Cogat, órgão israelita que supervisiona os territórios palestinianos e coordena os grupos de ajuda, no entanto "nem sempre este contacto traz resultados positivos, como podemos ver, desde as obstruções à entrega, até à nossa capacidade de receber camiões de ajuda".
As declarações foram feitas após um ataque de colonos israelitas ao complexo de UNRWA em Jerusalém Oriental.
Por outro lado, Israel tem acusado alguns dos funcionários da UNRWA de participarem no ataque do Hamas a 7 de outubro e de serem membros de organizações terroristas. Em abril desde ano uma análise independente, liderada pela antiga ministra dos Negócios Estrangeiros francesa, Catherine Colonna, concluiu que Israel não apresentou provas para sustentar estas acusações.
A tensão entre Israel e a ONU, especialmente no que toca à UNRWA, é já anterior ao ataque de 7 de outubro mas intensificaram-se nos últimos meses. Em março as autoridades israelitas afirmaram que não pretendem trabalhar mais com a UNRWA apesar de assumirem manter o contacto com a organização. No mês passado o embaixador israelita na ONU foi mais longe e afirmou que a organização se tinha tornado "uma entidade terrorista".
A agência da ONU foi também descredibilizada pelos Estados Unidos, uma vez que ficou de fora da gestão do cais flutuante de ajuda humanitária construída pelos Estados Unidos na costa de Gaza. A realidade é que atualmente este é o único ponto de entrada de ajuda em Gaza que não é controlado por Israel, depois de no mês passado a passagem de Rafah ter sido tomada pelos israelitas.
A ajuda humanitária chega agora através do Chipre e é novamente examinada pelas forças israelitas antes de ser distribuída pelo Programa Alimentar Mundial.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.