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No ano passado os líderes manifestaram a sua "profunda preocupação" com o declínio dos direitos das mulheres. Comprometeram-se também com o "acesso ao aborto seguro e legal e aos cuidados pós-aborto".
Uma declaração do grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7) de apoio ao direito ao aborto está a dividir a cimeira que se realiza desde hoje na cidade italiana de Puglia.
REUTERS/Kevin Lamarque
Segundo fontes diplomáticas contactadas pela agência de notícias France-Presse (AFP), as objeções da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, cujo país assume este ano a presidência do G7, irritaram os parceiros.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, "queria, de facto, (...) pelo menos, as palavras referentes ao que tivemos em Hiroshima sobre a saúde das mulheres e os direitos reprodutivos" em 2023, sob a presidência japonesa, disse um alto funcionário dos EUA.
Segundo os EUA, "o comunicado [final do G7] reafirmará o compromisso assumido em Hiroshima", disse o funcionário, referindo-se ao apoio expresso no Japão à interrupção voluntária da gravidez (aborto) "segura e legal".
Já o gabinete de Meloni, conhecida pela sua posição ultraconservadora a favor da família tradicional, negou qualquer crítica à proposta dos EUA, alegando que as negociações ainda estão a decorrer.
No ano passado, no comunicado final da cimeira realizada no Japão, os líderes manifestaram a sua "profunda preocupação" com o declínio dos direitos das mulheres.
Comprometeram-se também com o "acesso ao aborto seguro e legal e aos cuidados pós-aborto".
Fonte próxima das negociações disse à AFP que, desde 2021, "tem havido uma menção ao 'acesso seguro'" ao aborto na declaração final, mas "Meloni não o quer" escrito de modo explícito na declaração final.
A primeira-ministra de extrema-direita "está isolada nesta questão. Mas, como é o país anfitrião, os outros decidiram não fazer disso um problema", disse a fonte.
"Por isso, não será incluído no texto" do comunicado final mais considerações sobre o direito ao aborto, mas será confirmada a declaração de Hiroshima.
A França, que consagrou o direito ao aborto na Constituição, e o Canadá mostraram-se particularmente revoltados com a posição de Meloni, segundo o diário italiano Domani.
O aborto é também um tema quente nos Estados Unidos, onde o Presidente denunciou as restrições impostas a este direito fundamental nos estados mais conservadores.
Fonte da Presidência italiana negou que a referência ao "acesso seguro" tenha sido retirada.
"Nenhum Estado pediu que a referência a questões relacionadas com o aborto fosse retirada do projeto de conclusões da cimeira do G7 (...) numa fase em que as negociações ainda estão em curso" e "o que quer que seja incluído no documento final" será o resultado das negociações, acrescentou a mesma fonte.
No poder desde outubro de 2022, Giorgia Meloni, que gosta de se apresentar como uma "mãe cristã", foi acusada por ativistas dos direitos das mulheres de tentar impedir o acesso ao aborto em Itália, um país onde a Igreja Católica mantém uma forte influência.
Embora o aborto seja autorizado desde 1978, o seu acesso é fortemente limitado pela percentagem muito elevada de ginecologistas que invocam a objeção de consciência para não o realizar.
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