O chefe da diplomacia europeia dá conta de um aumento da desinformação russa, apontando que tal constitui motivo de "grande preocupação" entre os 27 Estados-membro da UE.
O chefe da diplomacia europeia deu hoje conta de uma intensificação dos combates na região do Donbass, sudeste da Ucrânia, e de um aumento da desinformação russa, apontando que tal constitui motivo de "grande preocupação" entre os 27.
Josep BorrellReuters
Em declarações à chegada para a cimeira UE-África, Josep Borrell, que participou hoje de manhã numa reunião de ministros da Defesa da NATO e, ao início da tarde, num encontro informal do Conselho Europeu para analisar a crise entre Rússia e Ucrânia, insistiu que "não há provas da retirada de tropas" russas, tal como anunciado por Moscovo, e afirmou mesmo que as provas que existem vão no sentido oposto e são preocupantes.
"Tivemos notícias de retirada de algumas tropas, mas não há provas disso. Estive na reunião de ministros da Defesa da NATO e certamente ninguém tem provas desta retirada de tropas. Do que temos provas, e preocupa-nos muito, é de um aumento dos combates e bombardeamentos nalgumas partes" da região do Donbass, prosseguiu Borrell.
No Donbass, no leste ucraniano, é onde se situam as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, e onde separatistas pró-Moscovo lutam contra o exército ucraniano desde 2014, com o apoio da Rússia.
O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança notou que visitou em janeiro "algumas partes do setor, e na altura não havia qualquer atividade militar".
O chefe da diplomacia expressou também grande preocupação com o que diz ser um aumento da desinformação do lado russo, "a fim de criar uma atmosfera de alegados ataques contra o povo russo" na região, o que faz aumentar o receio de que a Rússia esteja a preparar a chamada "operação de bandeira falsa" como pretexto para uma agressão militar.
"Junte-se a isto o voto da Duma [câmara baixa do parlamento russo] a pedir ao Presidente [russo, Vladimir] Putin que reconheça a independência destas duas repúblicas independentistas, e tudo junto aumenta as nossas inquietações. Estamos seguramente muito preocupados", reforçou.
Reiterando que a UE ainda acredita "no processo diplomático" e vai concentrar "todos os esforços na atividade diplomática", o Alto Representante adiantou que, "por outro lado", já está "preparado um pacote muito duro de sanções, sobre o qual o Conselho Europeu foi hoje informado".
"Como Alto Representante, estou pronto a apresentar esse pacote ao Conselho [Estados-membros], a quem cabe aprovar sanções. E fá-lo-ei assim que for necessário. Se houver uma agressão [russa], convocarei imediatamente um Conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros, e estou certo de que, mesmo sendo necessária unanimidade, o Conselho aprová-lo-á", disse, apontando que hoje mesmo se pôde verificar de novo a "total unidade" dos 27 Estados-membros do bloco comunitário em torno desta matéria.
Escusando-se a detalhar o teor do pacote de sanções preparado contra a Rússia em caso de agressão militar, Josep Borrell concluiu as suas declarações à imprensa ‘recordando’ que se segue "uma cimeira muito importante entre União Europeia e África", e "seria uma pena" que a mesma fosse relegada para segundo plano devido à crise no leste da Europa.
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