A Ucrânia quer discutir também a “resiliência energética” do país.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, está numa verdadeira onda diplomática. Depois de nesta segunda-feira de manhã ter feito uma visita relâmpago a Israel – na qual fez declarações e revelações importantes – e de à tarde ter seguido para o Egito, onde reuniu com líderes de vários países para assinar o acordo de cessar-fogo em Gaza, o foco do líder americano vira-se agora para o conflito Rússia-Ucrânia. Na próxima sexta-feira, Donald Trump vai receber na Casa Branca o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Trump e Zelensky reunem-se para discutir resiliência energética e mísseis
Em cima da mesa de negociações vai estar um potencial novo apoio dos EUA à Ucrânia em termos de armamento. Segundo a publicação Axios, os EUA estão a considerar o envio de mísseis de longo alcance Tomahawk para a Ucrânia, o que daria aos ucranianos novas ferramentas na ofensiva contra a Rússia.
"Poderemos não fazê-lo, mas poderemos fazê-lo", disse Trump esta segunda-feira aos jornalistas enquanto viajava para Israel. "Quero ver esta guerra terminada". Uma mensagem que acabou por reforçar no discurso que fez nesta segunda-feira na assembleia israelita. "Penso que temos uma uma hipótese [de acordo com o Irão]. Mas primeiro temos de tratar da Rússia. Se não te importares Steve [Whitkoff], vamos focar-nos na Rússia", atirou o líder americano, chamando para a "conversa" aquele que tem sido um dos principais diplomatas americanos nas diferentes negociações de paz.
O fornecimento de mais armas pode não parecer, em primeira análise, a forma mais direta de terminar um conflito, mas Volodymyr Zelensky acredita que se a Ucrânia tiver mais poder de fogo militar, isso obrigará a Rússia a reaproximar-se das conversações para um cessar-fogo.
Com um alcance de 2500 quilómetros, os mísseis Tomahawk permitiram à Ucrânia atacar diferentes partes do território russo e não apenas os que estão junto à fronteira.
A Ucrânia já confirmou a visita e Andriy Yermak, chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky, adiantou que as negociações têm como objetivo "reforçar a defesa da Ucrânia, garantir a nossa resiliência energética e intensificar a pressão das sanções contra o agressor".
Este é assim o reatar das negociações americanas relacionadas com o conflito Rússia-Ucrânia, depois de em agosto o país ter feito um grande esforço diplomático – e que resultou numa visita do Presidente russo Vladimir Putin aos EUA –, mas que não surtiu qualquer efeito prático no desenrolar do conflito.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Depois do sobressalto inicial, discute-se quem está e quem não está à mesa das negociações e diz-se que sem europeus e ucranianos não se pode decidir nada sobre a Europa ou sobre a Ucrânia.