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Trump admite que "estão a trabalhar para convencer" Sánchez sobre gastos da defesa

Lusa 13 de outubro de 2025 às 22:44
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Anteriormente Trump sugeriu que "talvez devessem expulsar" a Espanha da NATO por não cumprir os compromissos de gastos com a defesa da aliança.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, brincou esta segunda-feira, 13, com as divergências com Espanha sobre os gatos com a defesa, durante o seu discurso no final da cimeira da paz realizada no Egito.

Trump e Sánchez na cimeira sobre o futuro de Gaza no Egito
Trump e Sánchez na cimeira sobre o futuro de Gaza no Egito AP Photo/Evan Vucci, Pool

O republicano referiu-se ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, presente no evento, perguntando se estavam a "trabalhar para o convencer" da necessidade de aumentar os gastos militares na NATO.

"Estão a trabalhar para o convencer sobre o PIB (referindo-se aos 5% de despesas de defesa)? Vamos aproximar-nos, estão a fazer um trabalho fantástico", frisou Trump, perguntando onde estava a delegação espanhola.

Num longo discurso, Trump felicitou os líderes presentes na reunião, um a um, pelo seu papel em trazer a paz ao Médio Oriente.

De acordo com a agência de noticias espanhola Efe, o Presidente norte-americano falou num tom descontraído e claramente amigável sobre Espanha e as suas recentes declarações, onde sugeriu expulsar o país da NATO devido à sua falta de compromisso com os investimentos em defesa.

Num encontro em Washington na quinta-feira, Trump sugeriu ao seu homólogo finlandês, Alexander Stubb, que "talvez devessem expulsar" Espanha da NATO por não cumprir os compromissos de gastos com a defesa da aliança.

"Não têm desculpa para não o fazer. Mas está tudo bem. Talvez devessem expulsá-los da NATO, francamente", frisou o Presidente norte-americano.

"Tivemos um retardatário, que foi Espanha", salientou Trump na Sala Oval, referindo-se ao acordo da Aliança Atlântica, da qual Portugal faz parte, de alocar 5% do PIB dos países-membros para as despesas de defesa.

A última cimeira da NATO, em junho nos Países Baixos, resultou na concordância geral dos aliados com um novo compromisso de elevar gradualmente, até 2035, o investimento anual em Defesa e despesas relacionadas para 5% do PIB.

No entanto, a Espanha rejeitou esta meta mais elevada de 5%, considerando-a "irracional" e, em alternativa, chegou a um acordo para ficar de fora do compromisso, ficando-se pelas suas obrigações com a aliança de gastar 2,1% do PIB em Defesa.

Espanha já tinha declarado a sua intenção de atingir antecipadamente a anterior meta da NATO de 2% do PIB em despesas de Defesa até ao final de 2025, em vez da data original de 2029.

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