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Trump avisa Europa: Julguem jihadistas detidos na Síria ou os EUA "libertam-nos"

17 de fevereiro de 2019 às 10:07
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Presidente dos EUA exige que Reino Unido, França e Alemanha repatriem e julguem os seus combatentes do Estado Islâmico feitos prisioneiros na Síria. "Não há alternativa porque seremos forçados a libertá-los", alertou.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou aos países europeus, nomeadamente o Reino Unido, a França e a Alemanha, para repatriarem e julgarem os seus combatentes do Estado Islâmico feitos prisioneiros na Síria.

Este apelo de Trump, formulado num tweet enviado no sábado à noite, surge numa altura em que o Estado Islâmico está prestes a perder o último território do califado pressionado pela aliança árabe-curda e a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

"Os Estados Unidos pedem ao Reino Unido, França, Alemanha e aos outros aliados europeus para levarem mais de 800 combatentes do EI que nós capturámos na Síria para os julgarem", escreveu Trump. "Não há alternativa porque seremos forçados a libertá-los. Os Estados Unidos não querem que estes combatentes do EI se espalhem na Europa, para onde se prevê que vão", adiantou.

Trump desencadeou em dezembro a fúria dos aliados quando anunciou unilateralmente a saída a curto prazo dos 2.000 militares norte-americanos da Síria.

Na altura, este anúncio e a derrota iminente do EI relançaram a questão do destino de centenas de jihadistas estrangeiros que foram feitos prisioneiros na Síria e que a aliança árabe-curda afirma não poder manter eternamente.

No final de outubro do ano passado, as autoridades semi-autónomas curdas da Síria condenaram em Bruxelas a recusa dos países europeus de receberem os seus cidadãos membros do grupo jihadista EI detidos pelas suas forças.

Os combatentes estrangeiros capturados e as respetivas famílias são originários de 46 países, anunciou Abdul Karim Omar, encarregado dos Negócios Estrangeiros na administração curda, numa conferência de imprensa em Bruxelas.

No total, 790 homens encontram-se detidos pelas forças especiais curdas numa prisão, ao passo que 584 mulheres e 1.250 crianças foram colocadas em dois campos, precisou o responsável.

Editorial

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