É esperado que as relações bilaterais estabilizem para que as cerca de 260 mil pessoas que tiveram de evacuar as suas casas possam regressar.
A Tailândia e o Camboja concordaram esta segunda-feira com um cessar-fogo incondicional durante uma reunião na Malásia. Este acordo é um avanço significativo para acalmar tensões dos últimos cinco dias na fronteira entre os dois países.
Mohd Rasfan/Pool Photo via AP
O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, e o primeiro-ministro interino tailandês, Phumtham Wechayachai, concordaram com a interrupção dos combates, a partir da meia-noite. Os dois líderes celebraram no final da reunião com um aperto de mão e uma breve conferência de imprensa.
A reunião contou ainda com a presença do primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, e foi realizada sob a pressão dos Estados Unidos. Anwar Ibrahim é o presidente anual da Associação das Nações do Sudeste Asiático e anunciou que ambos os lados chegaram a um entendimento para medidas capazes de fazer a região voltar à normalidade: "Este é um primeiro passo vital para a redução da tensão e a restauração da paz e da segurança".
Como parte do acordo, comandantes militares dos dois lados vão reunir-se na terça-feira e no dia 4 de agosto vai ser realizada uma reunião no Camboja. Os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Malásia, Camboja e Tailândia foram ainda instruídos a "desenvolver um mecanismo detalhado" para implementar e monitorizar o cessar-fogo, garantindo uma paz duradoura.
O líder cambojano partilhou que espera que as relações bilaterais entre os dois países voltem ao normal em breve para que os moradores evacuados de ambos os lados da fronteira possam regressar a casa: "É hora de começar a reconstruir a confiança e a cooperação entre a Tailândia e o Camboja".
Anteriormente Trump já tinha alertado que, se o conflito não fosse resolvido, os Estados Unidos não iriam continuar com os seus acordos comerciais com nenhum dos lados. Já esta segunda-feira numa publicação nas redes sociais o presidente norte-americano anunciou que os dois lados "tinham chegado a um cessar-fogo e à paz. Tenho orgulho em ser o presidente da paz!". Já a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, partilhou a notícia do cessar-fogo no X e escreveu ainda: "O presidente fez isto acontecer. Deem-lhe o Prémio Nobel da Paz!".
A declaração conjunta relativa ao acordo confirmou que os Estados Unidos foram coorganizadores das negociações, que contaram ainda com a participação da China.
Os combates começaram na passada quinta-feira depois de a explosão de uma mina terrestre ao longo da fronteira ter ferido cinco soldados tailandeses. Ambos os lados culparam-se mutuamente pelo início dos confrontos, que acabaram por matar pelo menos 35 pessoas e deixaram mais de 260 mil pessoas deslocadas.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
É tempo de clarificação e de explicarmos às opiniões públicas europeias que sem Segurança não continuaremos a ter Liberdade. A violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia, com 19 drones, foi o episódio mais grave da história da NATO. Temos de parar de desvalorizar a ameaça russa. Temos de parar de fazer, mesmo que sem intenção, de idiotas úteis do Kremlin. Se não formos capazes de ajudar a Ucrânia a resistir, a passada imperial russa entrará pelo espaço NATO e UE dentro
Montenegro e Rangel ignoram, de forma conveniente, que o dever primordial de qualquer Estado democrático é proteger a vida e a integridade física dos seus cidadãos
O Chega está no centro do discurso político e comunicacional português, e bem pode o PSD querer demarcar-se a posteriori (e não quer muito) que perde sempre. A agenda política e comunicacional é a do Chega e, com a cloaca das redes sociais a funcionar em pleno
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres